Lavoura conectada

 Lavoura conectada

Avança o uso de sensores e Inteligência Artificial (IA) na cultura do Arroz

 

A internet das coisas ou IOT (internet of things) é um conceito de interconexão de objetos com a internet. Em rede, tais dispositivos são capazes de reunir, transmitir dados e interagir entre si. A partir dessa geração de dados, faz-se necessária uma tecnologia, como a Inteligência Artificial (IA), treinada para interpretá-los e transformá-los em informações ou ações de impacto na vida das pessoas.

Viabilizar isso no meio rural demandava solução que trouxesse os componentes fundamentais para resolver problemas no ambiente produtivo, como sensores de campo, comunicação confiável, armazenamento e processamento em nuvem e disponibilidade de informações de fácil compreensão para tomada de decisões, e tudo isso a custo viável.

A comunicação é vital à agricultura de precisão, mas feita em redes celulares ou satelitais, recai em problemas de cobertura e/ou custo e maior consumo de energia dos dispositivos. A tecnologia adotada pela Locus Precision Consultoria Agronômica, de Frederico Doeler, em Santa Maria, chamada LoRaWan (long range wide area network), tem papel vital ao permitir a transmissão eficiente de dados dos sensores aos sistemas de IA e vice-versa. Ela é altamente eficaz em áreas rurais, promovendo ampla cobertura de rede, baixo consumo de energia e menores custos de instalação e manutenção.

Benefícios
O grande benefício da adoção de sensores e IA no agronegócio é disponibilizar mais e melhores informações para a tomada de decisão. O sistema permite coletar dados em tempo real sobre diversos aspectos das operações agrícolas e relacioná-los entre si. Alguns sensores medem aspectos como umidade do solo, disponibilidade de água em rios e açudes, chuvas e demais condições climáticas, enquanto uma infinidade de sensores auxiliam a gestão da propriedade.

Sob medida
Além dos sensores já citados, Doeler destacou na cultura do arroz o sensor de lâmina de água (SLA0), que permite perceber pequenas alterações na irrigação, da entrada até flutuações de altura no ciclo da safra e pelas horas do dia. “Todo o produtor já se questionou sobre como melhor manejar a água durante a safra, pois o atraso da irrigação é um dos fatores críticos para altas produtividades, mas a profundidade de lâmina de água em diferentes estádios da planta causa comportamentos fisiológicos diversos”, frisou o empresário.

Ele exemplificou: como lâminas mais baixas são preconizadas para estimular perfilhamento, mais altas são importantes no controle de invasoras e termorregulação das plantas na fase reprodutiva. Agora há resposta: interligação e automação de bombeamento, sensores de vazão em canais, estações meteorológicas, pluviômetros óticos e dispositivos que interagem entre si e geram dados para ações muito mais efetivas.

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