Lavoura de transição

 Lavoura de transição

Dia de campo avalia os sistemas integrados
de produção agropecuária em terras baixas
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 A integração lavoura-pecuária (ILP) consiste na diversificação, rotação, consorciação ou sucessão das atividades agrícolas e pecuárias dentro da propriedade rural de forma planejada. Possibilita, como uma das principais vantagens, que o solo seja explorado economicamente durante todo o ano ou pelo menos na maior parte dele, favorecendo o aumento na oferta de grãos, fibras, lã, carne, leite e agroenergia a custos mais baixos devido ao sinergismo que se cria entre a lavoura e a pastagem.

No Rio Grande do Sul, um dos experimentos mais interessantes neste campo da pesquisa, sobretudo por contemplar a lavoura de arroz, vem sendo conduzido na Fazenda Corticeiras, município de Cristal, através de uma parceria público-privada entre Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Embrapa, Serviço de Inteligência em Agronegócios (Sia), Integrar – Gestão e Inovação Agropecuária e Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

O trabalho experimental visa representar e estudar diferentes cenários para os sistemas de produção comumente utilizados nas terras baixas do estado permitindo à pesquisa a discussão e a formatação de modelos produtivos integrados de lavoura-pecuária que agreguem sustentabilidade aos sistemas que produzem arroz irrigado no RS. Os resultados até agora alcançados com a pesquisa foram apresentados durante o 2º Dia de Campo de Verão- Sistemas Integrados de Produção Agropecuária em Terras Baixas, realizado na Fazenda Corticeiras no dia 3 de fevereiro.

Para o coordenador do projeto e pesquisador da Integrar e do grupo de pesquisa em sistema integrado de produção agropecuária (GPSIPA – Ufrgs), Felipe Carmona, o grande diferencial em relação ao primeiro dia de campo de verão, realizado em 2015, foi a possibilidade de analisar a evolução da qualidade do solo com base nos dados que vêm sendo coletados desde o início do trabalho, em março de 2013. “Os resultados obtidos até agora são bastante expressivos e nos deixam otimistas. Constatamos, por exemplo, que a fertilidade do solo já atingiu os níveis de suficiência desde o início do projeto. Isto é fruto da combinação de benefícios que o plantio direto, associado à ILP, promove ao longo do tempo, minimizando as perdas de nutrientes do solo. No médio prazo, isto nos possibilitará adotar a adubação de sistema com aplicação dos fertilizantes apenas na fase pastagem”, descreve.

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