Leilões da Conab mantêm baixa procura

Aviso 374 negociou apenas 41,4% da oferta e Aviso 375 15,2%. Terceiro leilão não teve interessados. Federarroz quer o espaçamento maior para os pregões e/ou redução dos volumes ofertados pelo governo.

A oferta de arroz dos estoques públicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para regular mercado, desovar estoques mais antigos, liberar área em armazéns e dar resposta à indústria que alega ter demanda pelo produto, não está alcançando grandes resultados. Os pregões realizados na quinta-feira, 11 de outubro, tiveram baixa demanda das indústrias, com importante presença de empresas de outros estados.

No Aviso 374, a Conab ofertou 68,542 mil toneladas de arroz em casca dos estoques públicos, mas negociou apenas 41,43%, ou 28,397 mil/t do produto depositado no Rio Grande do Sul. Segundo as corretoras, a média simples de preços alcançou R$ 31,53 por saca de 50 quilos (casca) e a moderada somou R$ 35,44. O total da operação somou R$ 20.129.659,41.

Já no Aviso 375, a Consultoria Safras & Mercado informa que para a oferta de 6,105 mil toneladas, apenas 927 toneladas, ou 15,19%, foram comercializadas. A média simples ficou em R$ 27,37 por saca de 50 quilos e a moderada somou R$ 36,85. O total da operação movimentou R$ 683.282,06. Já o Aviso 376 foram ofertadas mais 13,2 toneladas, mas não houve interesse pelo produto.

A Federarroz, com base nos atuais resultados dos leilões e o cenário de mercado, vem insistindo com a Conab para ampliar o espaçamento entre a realização dos leilões, com volumes de 80 mil toneladas, que têm acontecido de 15 em 15 dias. A outra alternativa sugerida pelos produtores é a redução dos volumes ofertados. “Hoje a realidade é de um mercado estável, abastecido e com oferta gradual dos produtores, principalmente porque estamos em plena época de vencimento de custeio e há oferta por parte dos arrozeiros. Neste momento seria interessante que a Conab aumentasse o limite de prazo entre um leilão e outro ou reduzisse os volumes ofertados, mesmo com os resultados atualmente identificados”, explica Renato Rocha, presidente da Federarroz.