Leilões de oferta da BBM voltam em fevereiro
Meta do programa Arroz na Bolsa é a transparência das operações e garantia de pagamento.
Os leilões de oferta de arroz por parte dos agricultores, em lotes de até 100 mil sacas por quinzena, que formam o programa Arroz na Bolsa, desenvolvido pela Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), Irga, Emater/RS, corretoras e Federarroz, devem retornar no mês de fevereiro. Segundo o presidente da BBM, Giuliano Ferronatto, o programa visa manter um fluxo de oferta ao mercado com transparência nas operações e garantia de pagamentos aos rizicultores.
O sistema também funciona como um sinalizador de preços e de “termômetro” para o mercado gaúcho, e permite que empresas de qualquer lugar do país possam acessar a compra do produto. Ou seja, pulveriza a oferta e promove o livre mercado. Ferronatto explica que novos ajustes devem acontecer no programa para 2016. “Ao longo de 2015 a experiência foi positiva, mas tivemos a oportunidade de testar a melhor maneira de operar, tanto para quem oferta como para quem compra e para as corretoras, aceitando sugestões dos diversos segmentos envolvidos. Agora, com a experiência acumulada, é possível fazer os ajustes necessários”.
Nos cinco leilões de oferta ocorridos em 2015, foram ofertadas 352.640 sacas de arroz em casca de 50 quilos na BBM, sendo que 253.360 foram comercializadas (71,85%). A média de preços dos leilões ficou em R$ 41,13 por saca, com preço top (maior média ponderada) em R$ 41,85, e menor em R$ 39,85. Os melhores preços foram obtidos pelo produto com referência do produtor que ofertava, da variedade e padrão do cereal, e a localização do estoque disponível. Considerando que as operações começaram no dia oito de outubro e foram até dezembro, o preço médio de R$ 41,13 obtido superou os valores praticados mercado livre.
O programa mostrou-se uma ótima alternativa, principalmente depois que na temporada passada algumas empresas de fora do Rio Grande do Sul chegaram a atrasar em 60 dias os pagamentos pela matéria-prima.
