Lideranças buscam recursos para comercialização do arroz

Queda das cotações no mercado gaúcho, que baliza os preços nacionais, leva lideranças setoriais a buscar crédito em Brasília.

A acentuada queda no preço pago ao produtor pela saca de arroz e as dificuldades de comercialização foram temas de reunião na manhã desta quarta-feira, 20 de maio, no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), em Brasília (DF).

Lideranças setoriais e deputados ligados à bancada ruralistas estiveram na Secretaria de Política Agrícola do MAPA, caso do diretor técnico da Companhia Estadual de Silos e Armazéns, Lúcio do Prado.

Além de buscar soluções para o impasse que limita o uso dos terminais da companhia, os dirigentes voltaram a cobrar do Ministério a imediata publicação da portaria de equalização de juros para a contratação de financiamento de pré-custeio, no Banco do Brasil. O documento que estabelece estes parâmetros já está no Ministério da Fazenda, mas sem previsão de ser liberado.

Enquanto a norma não entra em vigor, os arrozeiros estão insistindo com a diretoria de Agronegócios do Branco do Brasil para que anunciem imediatamente os recursos para antecipação da modalidade de empréstimo, em torno de R$ 600 milhões com juros de 6,5% ao ano.

As lideranças políticas e setoriais ainda aguardam a confirmação de audiência hoje com o vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, para tratar da liberação de recursos para o pré-custeio e o crédito rotativo de custeio para que o agricultor tenha acesso aos recursos sem a necessidade de renovar a documentação. Isso porque neste momento o rizicultor precisa do dinheiro com urgência.

A liberação do crédito impede que parte dos produtores oferte arroz no mercado para garantir recursos que permita enfrentar as despesas, como pagamento do financiamento de safra, colheita, manutenção de equipamentos, entre outros.

A parcela única de custeio que vence em maio, poderá ser reescalonada para o período de julho a outubro, inclusive nos bancos privados. Mas, o setor não pretende contar com isso como certo. A pressão de venda vem enfraquecendo os preços no mercado gaúcho, que já estão abaixo de R$ 34,00 em algumas regiões.

A Caixa Federal confirmou que suas agências estão orientadas e com disponibilidade de recursos para operações de pré-custeio com juros de 6,5% ao ano. O Banco do Brasil também está operando com a linha de crédito que substitui o antigo EGF. Os produtores interessados podem procurar as agências.

O que preocupa aos produtores é a ampliação das exigências de garantias, juros e limitação dos valores.

1 Comentário

  • As Lideranças, juntamente com os produtores, devem preocupar-se inicialmente com os estoques das indústrias, organizando uma comissão eleita por produtores, com o objetivo de aferir o total de vendas, total de compras, estoque físico de terceiros e próprio. Hoje o sistema de nota fiscal eletrônica facilita muito esse trabalho. Na região de Pelotas são “1/2 dúzia” de indústrias a serem fiscalizadas, é só querer. Essa equipe deve ser composta, preferencialmente, por produtores e representantes da SEFAZ, os integrantes devem ter forte experiência em sistemas fiscais, TI, direito, contabilidade, controladoria, conhecimento de processos internos da indústria, como secagem, beneficiamento, parboilização e comercialização. Tenho total convicção se tal comissão já existisse não estaríamos passando por essa situação. O reflexo desse valor do arroz passou a afetar, fortemente, a economia de vários municípios, não é só o produtor que está sendo penalizado é a economia municipal, por tanto é de interesse público todos devem participar. Conforme relatei anteriormente — “”” Em plena safra fiz uma pesquisa no supermercado e pude constatar que duas grandes indústrias, em Pelotas, comercializavam suas principais marcas a R$ 11,00 e R$ 9,00 (5kg), hoje, esse mesmo arroz está sendo comercializado a R$ 15,00 e R$ 12,00, respectivamente, registraram um reajuste médio de preços de 35%, na época pagavam R$ 38,00 o saco de 50 kg de arroz casca hoje pagam R$ 34,00 ou menos, uma baixa de 10,5% no saco do arroz casca, vejam bem a diferença no resultado!!!! sem contar que 25 a 55 % do arroz vendido, por muitas indústrias, são oriundas de compras futuras, ou seja, não tem lastro “””……

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