Lula não aceita medidas prejudiciais ao Mercosul

Presidente fez a afirmação aos arrozeiros gaúchos, mas comprometeu-se a tomar conhecimento mais detalhado da situação do arroz e buscar uma solução.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aceita qualquer providência que venha prejudicar as relações do país com o Mercosul. Lula recebeu, no aeroporto, ontem, antes de embarcar para Davos, na Suíça, representantes das cadeias produtivas do arroz, alho, cebola, carne, milho, trigo e vinho.

O deputado federal Érico Ribeiro, acompanhou a comitiva e entregou ao presidente carta assinada por mais de 600 produtores de Arroio Grande, que relata a situação do setor naquele município.
Ribeiro diz que o presidente prometeu assim que retornar da Suíça, marcar uma reunião dos representantes destas cadeias, com seus ministros, entre eles, Antônio Palocci, da Fazenda, e Roberto Rodrigues, da Agricultura, em Brasília.

A intenção é buscar medidas compensatórias aos produtos, como por exemplo, à diferença de custo de três dólares por saca no arroz brasileiro, em relação aos demais parceiros do Mercosul, diz Ribeiro. “O presidente frisou a força do bloco nas discussões dos grandes problemas mundiais, pois isolados fica mais difícil de negociar com países mais fortes.” Ribeiro destaca ainda que até 1990 era possível ao produtor investir em equipamentos como silos e maquinários. “Estou na minha 45ª safra e não sobra mais nada.”

IMPOSTOS

Relatório de estudo preliminar sobre a incidência tributária nos custos de produção de arroz irrigado no estado foi entregue ao presidente Lula, por representantes do Irga. Entre outros resultados, o estudo aponta que a carga tributária sobre o produto se concentrou nos tributos estaduais, com 52,86% do total apurado, os federais chegam a 41,53% e os municipais, 5,61%. Do custo médio ponderado de produção por hectare, de R$ 2.217,08, R$ 550,65 se referem a tributos.

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