Machado intermedeia solução para armazenagem de arroz no RS

Conforme o secretário, a volta dos leilões públicos do governo federal é aceita pelos produtores como medida viável para resolver o problema de escoamento do cereal, sobretudo se priorizar as 115 mil toneladas de arroz de safras anteriores armazenadas em oito silos da Cesa no Rio Grande do Sul.

Em reunião da Câmara Setorial, nesta quarta-feira (16), a partir das 9h, na sede da Conab (Rua Quintino Bocaiúva, 57), em Porto Alegre, o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, João Carlos Machado, acompanhará representantes do setor arrozeiro gaúcho no encaminhamento de duas reivindicações ao governo federal.

– Pediremos uma solução para a armazenagem da próxima safra, que começa a ser colhida no final de fevereiro, e a abertura de mecanismos de comercialização que garantam preços sustentáveis, compatíveis com os custos de produção -, afirma o secretário, que obteve o agendamento do encontro em uma audiência que teve com o ministro da Agricultura, Reinold Stephanes, na última quarta-feira (9), em Brasília.

Para sustentação do preço, o setor pede limites na oferta do produto. O encontro da Câmara Setorial contará com a presença do secretário de Política do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, conforme acerto feito por Machado com o ministro da Stephanes.

Arroz na Cesa

O escoamento do arroz estocado em oito unidades da Cesa no Estado beneficiará em torno de 4 mil pequenos orizicultores gaúchos, que começaram a colher o produto no final de fevereiro.

– Precisamos abrir espaço para a nova safra -, observa Machado.

A capacidade de armazenamento das unidades da Cesa localizadas em Porto Alegre, Camaquã, Bagé, Cachoeira do Sul, São Gabriel, São Luiz Gonzaga, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar soma 294 mil toneladas. O volume de arroz acumulado nesses silos ocupa 39% do total.

– A situação, porém, é mais grave, porque existe o chamado estoque estático, que compromete ainda mais a capacidade de armazenamento”, aponta o secretário. “Como não pode haver mistura dos diversos tipos de cereal depositado, o espaço ocioso em alguns silos não pode ser preenchido -, explica.

Este é o caso dos silos da Cesa situados em Camaquã (que têm cerca de 40 mil toneladas de arroz para uma capacidade de 60 mil toneladas), Bagé (com 12 mil toneladas do cereal para uma capacidade de 20 mil toneladas) e Cachoeira do Sul (que está com 27 mil toneladas do produto para uma capacidade de 68 mil toneladas).

– O problema é pontual, atinge oito das 23 unidades da Cesa no Estado, mas precisa ser resolvido antes da colheita, para não prejudicar os produtores -, pondera o secretário.

A nova safra – de aproximadamente 7 milhões de toneladas, segundo estimativa do Irga – começará a ser colhida no final de fevereiro. A abertura oficial da colheita do arroz no RS(responsável por 60% da produção nacional), será feita em Cachoeirinha, dia 28 de fevereiro, na Estação Experimental do Irga.

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