Mades suspende extração de água do rio Tebicuary, no Paraguai
(Por Planeta Arroz) Devido à situação crítica em volume de água em que se encontra a bacia do rio Tebicuary, o Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Mades) ordenou a suspensão da extração de água do referido manancial. O alerta é dirigido especialmente aos arrozeiros que utilizam essas águas para irrigar as suas lavouras de milhares de hectares às margens do rio.
Através de um comunicado, o Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Mades), por meio da Direção-Geral de Proteção e Conservação dos Recursos Hídricos (DGPCRH), informou todos os rizicultores do rio Tebicuary, que extraem as águas deste caudal para irrigar suas lavouras de arroz, que suspendem tal atividade devido à situação crítica em que se encontra a bacia.
Embora não tenha sido especificado até quando será a suspensão, o comunicado afirma “até que as vazões da bacia alta voltem a atingir os níveis ótimos da Resolução 511/16, que regulamenta a captação de água por bombeamento para irrigação da cultura do arroz na Bacia do rio Tebicuary.
O alcance da decisão Mades?
O documento indica que “esta suspensão tem um âmbito de cumprimento em toda a bacia superior, ou seja, o canal principal, seus afluentes e os afluentes como fontes primárias de água, regulando esta, no ponto de medição da bacia superior em Yuty”.
Da mesma forma, explica que a bacia inferior está atualmente sem problemas, “no entanto, o nível e, portanto, o fluxo têm uma tendência decrescente. Portanto, esta unidade realizará o controle e monitoramento.
Para além dos problemas que esta resolução pode trazer aos produtores, Mades refere que o objetivo do regulamento é “proteger a manutenção dos caudais ecológicos para a sustentabilidade dos ecossistemas, garantir o abastecimento de água para fins de saneamento doméstico e abastecimento de água potável, em além de outros usos”.
Sublinharam às pessoas que extraem ou captam água de um afluente do rio Tebicuary, que “em caso algum e nem mesmo com um DIA emitido pelos Mades, poderão extrair água”.
Em janeiro deste ano já havia sido anunciado que a bacia superior do rio Tebicuary, que desemboca no rio Paraguai, no departamento de Ñeembucú, estava em situação crítica, prestes a secar. Naquela época, já havia sido dito que os moradores atribuíam a situação ao desmatamento e à extração das águas do rio para irrigar o cultivo de arroz.
MUDANÇAS
O anúncio do Mades, no entanto, chega tarde para causar algum prejuízo às lavouras. Boa parte delas já está retirando água para colher em solo seco e a colheita começa segunda-feira na maioria das regiões produtoras. Além disso, estima-se que de 35 mil a 40 mil hectares foram semeados nas margens do rio Paraguai, mais próximo do Brasil e sem os mesmos problemas de abastecimento que a bacia do Tebicuary.