Mais arroz
Demanda de arroz em 2030, segundo a FAO, será 38% maior que o quadro atual .
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) divulgou dados informando que a demanda pelo arroz para o ano de 2030 será mais de 38% superior à que atualmente se registra. Por isso, a organização internacional lançou um apelo para que governos, instituições de pesquisas, produtores e indústrias redobrem seus esforços para ampliar a produção mundial a partir de 2004, Ano Internacional do Arroz declarado pela FAO.
Recentemente as Nações Unidas lançaram uma importante campanha internacional destinada ao aumento da produção mundial de arroz. Segundo dados da organização internacional, o cereal é um alimento básico para mais da metade da população mundial, mas sua produção enfrenta graves obstáculos. "Ainda que a população mundial continue crescendo, as áreas e a água dedicadas à produção de arroz estão diminuindo", declara o diretor da FAO, Jacques Diouf.
Estudos realizados pela organização internacional apontam uma demanda de arroz 38% maior do que a atual em todo o mundo dentro de 26 anos. "Cabe lembrar que cerca de 80% do arroz mundial é produzido por agricultores em pequena escala e para subsistência, ou seja, consumo próprio", frisa Diouf. O dirigente internacional lembra ainda que os sistemas arrozeiros, em todo o globo terrestre, abrigam uma grande variedade de plantas e animais e que também contribuem para melhorar a qualidade de vida das populações rurais. "Por isso, o arroz é um aliado indispensável na luta contra a fome e a pobreza no mundo", frisa Diouf.
Por fim, o organismo internacional ressalta que a produção e o consumo de arroz no mundo constituem um item fundamental de numerosas culturas globais, pois é um símbolo em preceitos religiosos, festas, tradições, costumes, culinária e cerimônia. No Brasil, por exemplo, não existe o "carreteiro" do sul sem o arroz ou o baião-de-dois nordestino. Desta importância, cultural, religiosa, festiva, culinária e social, que as Nações Unidas tomaram uma decisão única em sua história ao dedicar um ano para só um cultivo: o arroz.