Mais excedente?
Três alternativas para equilibrar o mercado de arroz no Mercosul.
A baixa cotação do arroz no mercado brasileiro está associada ao excesso de oferta deste cereal. O secretário estadual de Agricultura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, observa que os países do Mercosul colhem safras superiores ao que é consumido nesta área geográfica. “A produção de arroz da Argentina e Uruguai, embora pequena, se transforma em excedente que desequilibra os preços no mercado brasileiro. Para solucionar este problema há três alternativas: exportar o excedente do Mercosul para outros países, criar mecanismos para aumentar o consumo ou estabelecer cotas de importação”, resume o secretário.
Mas não são apenas os vizinhos do Mercosul que ameaçam os preços do arroz. O aumento da produtividade e a redução de custos são metas que estão sendo trabalhadas e que na safra passada já renderam ao Brasil a auto-suficiência na produção do cereal. “De nada adianta trancar o ingresso do arroz da Argentina e do Uruguai se não houver mercado sequer para a nossa produção. O Mercosul é um bloco, não uma área de livre comércio. Precisamos de novos compradores. O nosso aumento de produtividade está se tornando o concorrente da nossa tradição”, analisa Odacir Klein.
“O Rio Grande do Sul tem o privilégio de ter uma entidade voltada exclusivamente para a cultura do arroz. O Irga é mantido pelos arrozeiros, mas foi no Governo Germano Rigotto que readquiriu auto-estima e motivação para buscar resultados nas áreas de pesquisa, da assistência e reivindicações da cadeia produtiva”, frisa o secretário gaúcho. Ele destaca ainda que esse trabalho tem o complemento da Emater, na assistência ao produtor. “É com garra e conhecimento de causa que estamos trabalhando”, frisa o secretário.
Questão básica
Em 2002, quando Germano Rigotto assumiu o Governo do Estado, a média de produtividade de arroz no Rio Grande do Sul era de 5,3 mil quilos por hectare. Na safra 2003/2004 a média foi superior a seis mil quilos por hectare. Até 2007, a meta é alcançar uma média de produtividade de 6,5 mil quilos de grãos por hectare.