Mais mercados, mais estrutura
Busca por clientes
e estrutura logística
não para nunca
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Um dos pontos de suporte das exportações brasileiras tem sido o projeto Brazilian Rice, desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para o incentivo às vendas internacionais do grão brasileiro. Em outubro oito empresas ligadas ao projeto participaram da Americas Food & Beverage Show, em Miami (EUA), uma feira destinada aos ramos de alimentos e bebidas.
Gustavo Ludwig, gerente do projeto, destaca que o Brasil tem colhido bons resultados destas ações. No primeiro semestre desse ano, o setor orizícola exportou para os Estados Unidos cerca de 9,7 mil toneladas, equivalente a US$ 5,3 milhões. Em 2017, segundo estatísticas da Abiarroz, as exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram 19,3 mil toneladas, totalizando US$ 11,3 milhões, o que são números consideráveis.
“O arroz brasileiro cresce na ordem de 5% ao ano nesse mercado, e é valorizado pela qualidade no cozimento, em especial junto ao público latino que cozinha em casa e no foodservice”, destaca.
O Brazilian Rice tem como objetivo aumentar e consolidar as exportações brasileiras de arroz beneficiado, tornando o Brasil um player reconhecido no comércio internacional pela sua qualidade e capacidade produtiva. Conta com uma série de ações com foco comercial e de aprimoramento da imagem do produto brasileiro em mercados estratégicos.
PORTO
Além da busca de clientes e da consolidação da presença brasileira em mercados mundiais que já atende, um dos desafios desta cadeia produtiva é ampliar a qualidade da logística local para exportações. Na primeira quinzena de outubro o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Odacir Klein, visitou o Porto de Rio Grande para discutir a preocupação do setor arrozeiro com a manutenção das operações no terminal para a exportação do cereal após a liquidação da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), em andamento.
O projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa no ano passado, prevê que a área utilizada para embarque do arroz seja atribuída à superintendência do Porto de Rio Grande, o que demandará a busca por adaptações institucionais junto aos órgãos federais a que estão vinculadas as operações portuárias.
De acordo com o superintende do Porto de Rio Grande, Janir Branco, “é possível atender à demanda do setor, desde que haja uma construção de alternativas junto a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq)”. O assunto está sendo tratado.
O secretário Odacir Klein afirmou que “o governo do Estado está atento à situação para que a continuidade das exportações não seja afetada. A exportação do arroz ajuda a balizar os preços, portanto, precisamos buscar alternativas institucionais para o tema”. Outra notícia importante para o setor foi o anúncio da dragagem do canal de navegação do porto, que tem limitado o volume embarcado nos navios por causa da redução do calado.
FIQUE DE OLHO
Arroz com Leite
O governador eleito, Eduardo Leite, fez duas promessas importantes com relação à cadeia produtiva do arroz. A primeira foi alcançar uma condição de repasse integral da taxa CDO recolhida pelos produtores de arroz para o Irga (que hoje recebe menos de 50%, porque os recursos vão para o Caixa Único). A segunda foi o direcionamento do terminal da Cesa para exportação de arroz, com as devidas reformas e ampliações necessárias. Leite apoiou-se num relatório de demandas enviado pela Federarroz.