MAPA lançará Plano Nacional de Fertilizantes
Desembarque de fertilizantes no Porto de Santos. (Foto: Divulgação)
(Por Planeta Arroz) O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) deverá lançar um Plano Nacional de Fertilizantes. O programa, montado a toque de caixa face às restrições globais por fornecedores como China, Rússia e Índia, e o alto custo de transporte marítimo, será lançado na próxima terça-feira, dia 23, pela ministra Tereza Cristina, no Congresso Brasileiro de Fertilizantes de 2021, promovido pela Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda). A ministra está chegando da Rússia, onde negociou uma solução para que o país europeu, que contribui com 20% das aquisições brasileiras do insumo, não barre o fornecimento ao Brasil.
O objetivo do Planaf é reduzir a dependência do país nas aquisições de fornecedores internacionais. Avalia-se que em algumas circunstâncias, a importação chega a 95% do consumo nacional, o que torna o agronegócio brasileiro vulnerável a crises internacionais. Segundo antecipado por entidades do setor, que ajudam a construir o programa, a meta é reduzir a participação estrangeira de, em média, 85% ao ano, para algo em torno de 60% nas próximas três décadas.
No início desta semana, autoridades e empresários da Rússia garantiram à ministra a manutenção do fornecimento ao Brasil de fertilizantes de potássio e fosfato, e ainda deixaram aberta a possibilidade de um possível aumento de exportações para a próxima safra.
O Brasil é um país dependente da importação de fertilizantes, pois produz apenas 15% do que utiliza. Essa dependência, por exemplo, estabeleceu grandes desafios neste momento para a agropecuária nacional. A crise dos fertilizantes neste diz respeito a dificuldades de frete, de atracação de navios e de contração de contêineres, além da limitação da oferta pelos grandes fornecedores. Além disso, houve aumento de demanda por fertilizantes em diversos países, como EUA, China e Índia, além do Brasil. Para agravar a situação, alguns países, em especial na Ásia, estão passando por crises de energia, o que significa riscos para a oferta do insumo. Contudo, o uso de fertilizantes é imprescindível para manter a produtividade que é um dos pilares do crescimento da agricultura brasileira.
