Marca de arroz do Vietnã mantém posição firme no mercado global

(Por Planeta Arroz) O Vietnã teve uma colheita de arroz abundante em 2023, com os preços de exportação atingindo picos históricos e um valor de exportação recorde de 4,41 mil milhões de dólares.

A rizicultura é um setor importante do Vietnã, criando empregos para dezenas de milhões de agricultores em todo o país. Nos últimos anos, o país obteve grandes conquistas na produção de arroz, garantindo a segurança alimentar nacional e mantendo a sua posição como um dos maiores exportadores do mundo.

O arroz do Vietnã foi mais uma vez reconhecido como o mais delicioso do mundo em uma competição em 2023. Três empresas vietnamitas enviaram seis variedades para a competição, incluindo ST24, ST25, LT28, Nang Hoa 9, CBR39-1 e A Sao.

A qualidade do grão do Vietnã melhorou significativamente nos últimos anos. A marca ‘Com Viet Nam’ (arroz do Vietnã) está disponível nas prateleiras de 253 hipermercados e lojas de conveniência Carrefour em toda a França. O arroz também está disponível em 583 hipermercados e 100 supermercados da rede de distribuição L.Leclerc no país.

No início deste ano, a QTOrganic exportou um lote de arroz orgânico para a Alemanha a 1.800 dólares por tonelada, um preço de exportação elevado raramente visto. O parceiro quer encomendar vários lotes por mês. De acordo com Ngo Xuan Nam, vice-diretor geral da SPS Vietnam (Autoridade de Notificação Sanitária e Fitossanitária do Vietnã), os produtos podem satisfazer os requisitos da UE, que estabelece padrões elevados para as importações.

A An, marca do Grupo Tan Long bastante conhecida no mercado interno, foi exportada para o Japão, operação que exige a satisfação de mais de 600 critérios. Os distribuidores querem comprar 1.000 toneladas de arroz ST25 por ano para aumentar a escala varejista. O preço de exportação é em média de US$ 1.200 por tonelada. Em 2022, o arroz vietnamita ST25 fez parte de um “almoço especial” no Gabinete do Governo Japonês.

O Departamento Geral das Alfândegas (GDC) informou que até ao final de novembro, o Vietnã tinha exportado 7,7 milhões de toneladas, no valor de 4,41 bilhões de dólares, o mais elevado da história.

Em 30 de novembro, a variedade longo fino com 5% de quebrados valia 663 dólares por tonelada, muito mais alto do que os 625 dólares por tonelada da Tailândia e os 598 dólares do Paquistão. Vo Tong Xuan, um especialista, disse que anteriormente o cereal do Vietnã significava produtos acessíveis. Mas nos últimos anos, a qualidade melhorou e as variedades têm qualidade superior às dos seus rivais.

“Arroz verde, vida saudável”

Recentemente, o vice-primeiro-ministro Tran Luu Quang assinou uma decisão sobre o desenvolvimento sustentável de um milhão de hectares de arrozais especializados com alta qualidade e baixas emissões, em associação com o crescimento verde no Delta do Mekong até 2030.

O plano reorganiza o setor de produção, melhorando a eficiência dos negócios, aumentando os rendimentos dos produtores e garantindo o desenvolvimento sustentável no contexto das alterações climáticas. Um festival internacional será realizado em dezembro em Hau Giang, uma localidade do Delta do Mekong, no Vietnã, com o slogan “Gao Xanh, Song Lanh” (Arroz verde, vida saudável).

Nguyen Nhu Cuong, diretor do Departamento de Produção Agrícola, disse que a produção pode satisfazer os requisitos de segurança alimentar com a produção seguindo um processo verde e o princípio de redução de emissões de gases de efeito estufa. Arroz verde, vida saudável é a combinação harmoniosa entre a prática internacional e as características nacionais vietnamitas.

Na rizicultura, os analistas dizem que o Vietnã pode orgulhar-se do que tem – variedades extremamente boas que criam produtos de alto rendimento e de alta qualidade. Também possui bons procedimentos agrícolas que minimizam o uso de insumos e se adaptam às mudanças climáticas. O Vietnã começou a mudar para uma produção circular verde, explorando arroz de múltiplos valores, utilizando eficazmente os fatores de entrada e saída para produzir os maiores efeitos possíveis.

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Le Minh Hoan, observou que o país também é influente comerciante de produtos derivados do cereal.