Mercado “anda de lado” ainda esperando definições da safra e do câmbio
(Por Cleiton Evandro dos Santos/AgroDados/Planeta Arroz) O mercado do arroz em casca no Sul do Brasil teve uma semana de movimento lateral para as cotações e parece que tende mesmo a fixar a nova safra entre R$ 74,00 e R$ 75,00 num primeiro momento. Lotes de arroz “velho” chegaram a ser negociados a R$ 80,00 esta semana, mas por algumas empresas que se movimentaram em função da demanda e da antecipação de alguns negócios. Também está movimentado o mercado de importação, com a confirmação de pelo 45 mil toneladas de negócios, por empresas brasileiras, no Uruguai e na Argentina. A operação padrão da Receita Federal, no entanto, está fazendo com que a chegada desta mercadoria seja muito mais morosa do que se esperava.
Ainda assim, é um produto que mais cedo ou mais tarde entrará no Brasil. Em contrapartida, traders confirmaram que o Brasil perdeu para Uruguai e Paraguai a venda de dois navios de arroz em casca, de alto padrão, para a Costa Rica. A soma pode ultrapassar 60 mil toneladas.
Então, há muitos exportadores temendo uma “repetição de cenário” e fraca comercialização no primeiro semestre, janela ideal para as exportações brasileiras. Em 2021, estima-se, o Brasil teria perdido perto de 500 mil toneladas em embarques porque não tinha preço para competir. Nas duas últimas semanas os preços referenciais para o arroz na Bolsa de Futuros de Chicago caíram. Em compensação, o dólar brasileiro se manteve e as cotações do arroz, ao menos pela média do indicador de preços no Rio Grande do Sul, subiram pouco – e chegaram a cair na sexta-feira em relação à quinta, mas alcançaram R$ 76,03 (acumulado de 2,85% no mês) e US$ 15,16 por saca.
Nas lavouras a novidade é que depois de um primeiro terço das lavouras colhidas, nota-se que há uma evolução tanto produtiva quanto em qualidade nos grãos que estão chegando aos silos, o que poderá reduzir os indicadores de quebra. Onde houve água, confirma-se que apesar das altas temperaturas, há produtividades e percentual de inteiros bem próximos da safra anterior.Assim sendo, com a saca brasileira em posição superior a US$ 15 dólares, com margem de dois dólares para o volume equivalente nos EUA, deixou de ser competitiva. Os fretes, para os EUA, são muito mais baratos que os nossos para a América Central e América do Sul. A diferença varia entre US$ 40,00 e US$ 70,00 por tonelada.
Do lado do consumidor, a preocupação maior é com uma alta impulsionada pela guerra da Rússia com a Ucrânia e a própria quebra da safra. Alguns supermercados na região do ABC paulista voltaram a restringir o volume de compras por cliente. Ainda assim, não se viu grandes diferenças nas cotações do arroz nas gôndolas. Procurando bem, acha-se o quilo na faixa dos R$ 3,00 e pacotes de cinco quilos do tipo 1, branco ou parboilizado, na faixa dos R$ 15,00. Nota-se que todos os elos da cadeia produtiva seguem em compasso de espera, aguardando que o cenário de safra e comercialização fiquem um pouco mais claros para fazerem suas posições.
Enquanto isso, há leve convergência entre os preços do arroz “velho”, cotado entre R$ 77,00 e R$ 78,00 dependendo das praças, e R$ 74,00 a R$ 75,00 no caso do produto recém colhido em algumas regiões.
10 Comentários
Bueno comentário Seo Claiton. Mas particularmente acho arroz muito barato ainda pq não cobre os custos. Em uma área de várzea plantamos soja irrigada por inundação , e vimos q ano de seca é top , pq com pouca água se salva uma lavoura, e sem falar do preço q compensa. Ano de lânina soja na várzea é melhor solução.
Me aponta uma notícia boa para o produtor no comentário acima! Alguma notícia promissora! A industria tá obviamente fazendo preço até receber dos CPRs pra depois navegar conforme o vento! Então meus amigos e isso é sério não vou comentar mais nesse espaço (e isso é sério) mais do que nunca o produtor tem que se organizar e rotar para o milho ou soja! Mas para isso (por mais que pareça o óbvio) precisa se organizar com pivôs e asperção! Tem que eliminarem os riscos de anos secos! E ano seco também tem se demonstrado ruim até para o arroz! Meu finado pai sempre dizia que em ano que a industria tem que importar arroz logo adiante os preços disparam! Ano de eleição vai que o dólar volte a R$ 5,80… Uma coisa eu sei de certeza… Quem vender a R$ 75 agora não planta na próxima safra! Se o custo irga da safra passada foi R$ 91… O dá próxima não baixará de R$ 105… Não é perspectiva! É realidade… e a realidade é fato e não meras estimativas. Até 31/03 a fronteira-oeste terá colhido quase 100%… Então tirem as suas conclusões! Abraço. Fui.
Que notícia boa Sr. Flavio, vai nos poupar dos seus achismos, o mercado do arroz vai muito além do que o sr. acha que é, hoje a formação de preço depende de inúmeros fatores e inclusive do dólar, outros mercados produtores e exportadores mundiais, do Mercosul, da inflação aqui dentro do Brasil, são inúmeros fatores. Plantar arroz, não é para amador Sr. Flavio, tem que ser ligeiro para ganhar dinheiro plantando arroz e vejo que os atuais produtores tem esse perfil de ganhar dinheiro, diferente do passado, que plantavam olhando só da porteira para dentro e esses a maioria já quebraram. Agradecemos sua compreensão de não mais comentar nesse espaço, sábia decisão sr. Flavio. Grande abraço!!!
Só mais umas dúvidas: Porque meu “achismo” lhe incomoda a ponto do Sr. estar aqui me contradizendo ou julgando??? Porque o Sr. é o único que aqui tentar me tripudiar??? Qual é o seu problema com a minha pessoa??? O que te magoa tanto??? Qual a necessidade de tripudiar as pessoas que tem opinião diversa??? Qual o seu problema??? Porque sentes essa necessidade de demonstrar que é o único que sabe tudo o que acontece no setor??? Como mencionei acho que os comentários são um espaço democrático e isento! Quem não gosta dos comentários que venha e exponha seus pensamentos! Sem agredir. Sem ofender. Sem tripudiar! E até hoje pouquissimos tiveram uma forma exarcebada de contrariedade ! Qual o seu medo??? Que os produtores concordem com o meu ponto de vista e reduzam as áreas de arroz? Que a colheita desse ano seja 2 milhões de ton. a menos e que eu tenha alertado bem antes? É isso??? Até hoje não entendi tamanha irá para com minha pessoa. Como disse e repito: Não irei mais comentar aqui. Pode ficar tranquilo. Fica com Deus!
Não tenho ira nenhuma e absolutamente nada contra a sua pessoa, todos os meus comentários são para contrapor e rebater os inúmeros comentários ofensivos que o senhor faz e fez contra a indústria de arroz, nos chamando de cartel e tripudiando em cima das indústrias e dos empresários sérios e que também suam a camiseta para sobreviver, o senhor acha que só os produtores que trabalham e que arriscam seu patrimônio???? Vem para linha de frente, senta na frente dos clientes e vai tentar vender um fardo de arroz beneficiado para o senhor ver o que é bom. O senhor sempre coloca os produtores contra a indústria, fala de boca cheia que os responsáveis por todos os infortúnios da porteira para dentro é a indústria, ou seja, o que eu comento é ofensivo ao senhor e o que o senhor comenta é tranquilo??? Ao contrário do que o senhor pensa eu não quero o mal de ninguém e muito menos dos produtores, mas também não posso aceitar que digam que a indústria é culpada por tudo de ruim que acontece aos mesmos. Mas podemos selar a paz aqui, o senhor para de descer a lenha na indústria e eu para de rebater os seus comentários!!! Grande abraço e fique com Deus também!!!
Oi Flávio ele também está sempre debatendo meus comentários este tipo de pessoas não tem nada para acrescentar acho q é um mal humorado.
Para ilustrar ainda melhor o que escrevi acima, transcrevo as palavras do seu comentário nesta mesma notícia:
“A indústria tá obviamente fazendo preço até receber dos CPRs pra depois navegar conforme o vento!”
Acho que isso ilustra bem o que eu falei no comentário anterior, expor ideias e pensamentos em um espaço democrático ok, porém fazer esse tipo de afirmação e depois perguntar por que eu sou tão “agressivo”, ou tenho “ira”, eu da indústria, não tenho
Volto a afirmar, não tenho nada contra a sua pessoa, mas pare de fazer essas afirmações contra a indústria e esta tudo certo, prometo que não lhe menciono mais em meus comentários!!! Podemos combinar??? E aí fica tudo bem. Abraço.
Até acredito q indústria não tenha total culpa, mas muitas tentam explorar o produtor pra manter sua opulência, mas o maior vilão e os grandes mercadistas q pressionam a indústria , q pra desovar tem q ser competitiva, mas esse ano não tem como pressionar ninguém, e a solução é aumentar a soja, tem q ser técnico e competitivo pra sobreviver.
Sr. Aluizio, me chama de mal humorado e quer que eu lhe diga o que???? É só não vir aqui e culpar a indústria por tudo e esta tudo certo!!! Abraço!!!!
Seu Paulo é a mesma coisa q senhor fala da má gestão dos lavoureiros acho q não lhe compete falar de má gestão cada um conduz o seu negócio do jeito q lhe convém. Abraço