Mercado asiático, com preços em queda, pode sofrer novo revés

 Mercado asiático, com preços em queda, pode sofrer novo revés

Vietnã ainda acredita em acordos privados

Com preços em queda e a determinação de ampliar áreas de cultivo e estoques temendo segundo ciclo da pandemia entre os grandes exportadores, queda na importação pode afetar os preços.

O mercado de arroz da Ásia, depois de alcançar cotações que só estiveram abaixo da crise alimentar e econômica de 2008/09 no pico do anúncio da pandemia de Covid-19, vem acumulando quedas de preços a partir da regularização da oferta. A crise do petróleo que afeta países como a Nigéria e o Iraque, e sanções impostas ao Irã, têm afetado os preços regionais, ainda que por causa de uma seca e pelo câmbio a Tailândia tenha operado em valores um pouco mais altos que Índia e Vietnã.

Para preocupar ainda mais os exportadores o Centro Internacional de Comércio das Filipinas (PITC), o braço comercial do governo vinculado ao Departamento de Comércio e Indústria (DTI), anunciou que não prosseguirá com a importação planejada de governo a governo (G2G) de 300.000 toneladas de arroz (MT) que foi inicialmente planejado para chegar durante os meses de julho e agosto, no pico das entressafras.

O secretário do DTI, Ramon M. Lopez, afirmou que, como não há mais ameaça à segurança alimentar do país após o levantamento da política do Vietnã de proibir as exportações de arroz, não há necessidade de o PITC prosseguir com a importação planejada, que ainda refletia a necessidade das compras de pânico.

Recorde-se que a decisão inicial para o plano de importação de G2G foi resultado da ameaça potencial de manter um bom suprimento de arroz para o país. Os cálculos anteriores da DA mostraram uma ameaça ao nível alvo de estoque após a proibição imposta à exportação de arroz do Vietnã em abril.

Historicamente, o Vietnã serve como uma importante fonte de importação das Filipinas, representando mais de 90% da origem das importações. As Filipinas importam de 7% a 14% da necessidade total de arroz por ano. Governos dos dois países acordaram que há produto suficiente para atender a demanda normal filipina, mediante necessidade, sem que seja preciso a concentração das compras. No entanto, os exportadores vietnamitas acreditam que a saída do governo filipino do acordo poderá abrir espaço para as compras, ao menos em parte, por grupos privados.

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