Mercado firma posição entre R$ 16,50 e R$ 17,00 para o casca no RS

Depois de apresentar uma séria tendência de queda rumo aos R$ 16,00 até a semana passada, o mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul voltou a demonstrar sinais de estabilidade na faixa de R$ 16,50 a R$ 17,00 na abertura da semana. Boa procura por arroz de melhor qualidade poderá gerar aquecimento nos preços para alguns cultivares
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O mercado do arroz em casca manteve posição nesta abertura de semana na Metade Sul gaúcha, principal região produtora do Rio Grande do Sul e do Brasil. A Fronteira-Oeste, a Campanha e a Depressão Central mantiveram preços na faixa de R$ 16,50 a R$ 17,00 para o saco de 50 quilos com 58% de inteiros, mas com poucos negócios realizados.

O feriado de 7 de setembro atrapalha um pouco as negociações. Muitas indústrias, como a CAAL, de Alegrete, se mantêm fora de mercado. Em Uruguaiana os produtores não se deixaram seduzir por oferta de R$ 17,00 e voltaram a segurar o produto estocado. Em Cachoeira do Sul, poucos negócios e cotações em R$ 17,00 estabilizadas.

Em São Borja, o arroz de variedades nobres BR Irga 409 e Irga 417 são cotados por R$ 18,50 (58% de inteiros) e R$ 19,00 (60% acima) de inteiros – pagamento em 30 dias. Em Itaqui o arroz está cotado a R$ 17,00 e há limite de comercialização nas principais indústrias. Rosário do Sul, Dom Pedrito, São Gabriel, Bagé, Santa Margarida do Sul e São Sepé mantêm preços entre R$ 16,50 e R$ 17,00. Capivari do Sul, Santo Antônio da Patrulha e Mostardas estão cotando o arroz com 63% de inteiros a R$ 18,00.

O grande volume de consultas de indústrias do Sudeste e Centro-Oeste em busca de arroz de melhor qualidade pode gerar um leve aquecimento no mercado a partir de quinta-feira, segundo diretores de áreas comerciais das cooperativas e indústrias da Campanha e Fronteira-Oeste. Segundo o diretor comercial de uma grande indústria da Fronteira, este é o momento em que o mercado vai ler se realmente as indústrias e empacotadoras do Centro do país estão muito abastecidas ou se precisarão girar o estoque. O certo é que com o Brasil repetindo uma safra de arroz com qualidade abaixo da média pelo segundo ano consecutivo, a partir de setembro a demanda por cereal de melhor qualidade deverá aumentar, valorizando alguns cultivares.

Santa Catarina e Mato Grosso seguem com o mercado estabilizado desde a semana passada, sem mudanças nas posições. O mesmo para o arroz beneficiado gaúcho. Alguma pressão da indústria e corretoras em busca de arroz quebrado (canjicão e quirera) para exportação, favorecendo alguns negócios a R$ 24,00 o saco de 60 quilos de canjicão e até R$ 20,50 para a quirera em algumas praças gaúchas. Tendência de mercado equilibrado até o final desta semana.

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