Mercado oscila no patamar dos R$ 40,00 em 2019

 Mercado oscila no patamar dos R$ 40,00 em 2019

Nem previsão de quebra na safra recuperou preços ainda

Mesmo com perdas dimensionadas em cerca de um milhão de toneladas pelos produtores e o pico de entressafra, cotações não avançam para o arroz gaúcho.

O mercado de arroz em casca ainda não sentiu a pressão do pico da entressafra e das perdas que as entidades de produtores estimam em um milhão de toneladas por causa das fortes chuvas e enchentes que alcançaram a Campanha, a Fronteira Oeste e parte da Região Central gaúcha. De um lado os produtores rurais estão buscando securitizar as dívidas, alongar custeios, elevar o preço mínimo do arroz para garantir um piso e a alavancagem das cotações, ainda que por meio de mecanismos governamentais, de outro lado, as indústrias esperam um horizonte mais definido sobre a produção.

Vale lembrar que na temporada passada o “frio” do Carnaval indicava uma perda de 700 mil toneladas e o RS colheu mais de 8,4 milhões de toneladas com produtividade recorde. Com a segurança das CPRs e capazes de mensurar o exato volume a receber, as indústrias se mantêm em compasso de espera.

Nesta terça-feira representantes da Federarroz e da Farsul estiveram reunidos, novamente, com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em Brasília – DF – e com técnicos da Conab e do MAPA. A busca é por medidas que evitem a perda de renda em mais uma temporada pelos arrozeiros, que já recuaram em quase 70 mil hectares a área cultivada nesta safra. A Federarroz alerta que a temporada 2020/21 poderá ter um recorde de queda na área plantada se os agricultores não recuperarem condições de competitividade e renda nesta temporada.

A ministra virá à Fronteira Oeste nesta quinta-feira, dia 24, para verificar in loco os danos das chuvaradas. Caravanas de produtores, parte delas ligadas ao movimento Te Mexe Arrozeiro, deverão buscar contato para protestar no sentido de que o governo deve interferir no mercado, encontrar solução para as dívidas e o grande passivo do setor.

PREÇOS

O indicador de preços Esalq/Senar recuou para R$ 39,77 nesta terça-feira, dia 22 de janeiro, e segue oscilando ao redor dos R$ 40,00. No acumulado de janeiro há uma desvalorização de 0,97% na saca de 50 quilos de arroz em casca 58×10. Com a alta do dólar, ainda repercutindo o resultado do discurso do presidente Jair Bolsonaro em Davos, acima de R$ 3,80, a saca equivalia a R$ 10,48 em moeda norte-americana, com recuo de 17 centavos de dólar no dia. Na semana o recuo já chega a 30 centavos de dólar. A expectativa do setor, agora, está toda ela concentrada em medidas do governo e no resultado final da safra.

3 Comentários

  • preciso de arroz em goias, águem tem para vender? zap /fone 62991677642 Jose márcio

  • Vale lembrar também q aquele frio afetou mais lavouras plantadas no tarde e q não foi um frio tão rigoroso, mas agora é diferente, pois as enchentes foram severas e no centro da producão q é a fronteira oeste. Sds.

  • Só saberemos o tamanho da perda, quando terminar a colheita. Qualquer coisa antes disso é especulação.

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