Mercosul: Bolívia deve ingressar no bloco em 2015

Com a adesão plena, que deve ocorrer em 2015, a Bolívia terá benefícios para comprar e vender produtos entre os países do bloco, além de participar da definição de produtos que poderão ser protegidos de importações, por meio da Tarifa Externa Comum (TEC).

A presidente Dilma Rousseff terá que cumprir um último compromisso diplomático neste ano: a reunião do Mercosul, que termina nesta quarta-feira (17/12) na cidade de Paraná, no nordeste argentino. O principal objetivo da reunião é acelerar o ingresso da Bolívia no bloco econômico. Os países membros são Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Nesta quarta-feira (17/12), também, a presidente argentina Cristina Kirchner vai transmitir à Dilma a simbólica presidência “pro tempore” do Mercosul.

Com a adesão plena, que deve ocorrer em 2015, a Bolívia terá benefícios para comprar e vender produtos entre os países do bloco, além de participar da definição de produtos que poderão ser protegidos de importações, por meio da Tarifa Externa Comum (TEC). Evo Morales, o presidente boliviano, foi o primeiro chefe de Estado a chegar em Paraná. Ele pressiona para que o comunicado oficial da reunião, que será definido nesta quarta-feira (17/12) pelos presidentes, seja focado na inclusão de seu país no bloco.

Dilma deve chegar somente hoje na Argentina, mas os técnicos dos ministérios de Relações Exteriores dos países já trabalham no comunicado oficial. Os técnicos brasileiros trabalham para fazer o Mercosul voltar a ganhar relevância na agenda presidencial a partir do ano que vem. Entre 2012 e 2013, o bloco teve importância política para Dilma, que participou ativamente de duas decisões importantes: a inclusão da Venezuela como país membro pleno do bloco, e a suspensão temporária do Paraguai após o golpe que tirou Fernando Lugo do poder.

O Paraguai voltou ao bloco somente após a reunião do Mercosul em Montevidéu, em julho do ano passado, quando novamente Dilma teve envolvimento direto. Desde então, a agenda externa da presidente passou a ser dominada por um assunto único: o BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O Mercosul ficou em segundo plano, o que tem incomodado os países mais frágeis economicamente, como Uruguai, Paraguai e Venezuela.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter