Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre-comércio
Tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, vinha sendo discutido há duas décadas.
O Mercosul e a União Europeia finalizaram nesta sexta-feira, 28, as negociações para o acordo entre os dois blocos, segundo duas fontes do governo brasileiro informaram ao Estado. O comunicado oficial deve sair em breve.
Após 20 anos, Mercosul e UE podem finalmente fechar acordo; relembre pontos principais
O tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, vinha sendo discutido há duas décadas por europeus e sul-americanos. A rodada final de negociações foi iniciada por técnicos na semana passada. Diante do avanço nas tratativas, os ministros do Mercosul e da União Europeia foram convocados e, desde quinta-feira, 27, estão fechados em reuniões na Bruxelas.
União Europeia
O acordo entre Mercosul e União Europeia representa um marco. É o segundo maior tratado assinado pelos europeus – perde apenas para o firmado com o Japão, segundo integrantes do bloco – e o mais ambicioso já acertado pelo Mercosul, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O acordo permitirá que a maior parte dos produtos seja comercializada entre os blocos com tarifa zero. Haverá um calendário para que isso ocorra. Os europeus eliminarão mais rapidamente as tarifas, mas vão manter cotas de importação em alguns produtos agrícolas. Para o Mercosul, pode levar uma década para que boa parte das alíquotas seja zerada.
Vinte anos de negociação
As conversas para o acordo foram lançadas em junho de 1999. Uma troca de ofertas chegou a ser feita em 2004, mas decepcionou os dois lados e as discussões foram logo interrompidas. Em 2010, as negociações foram relançadas.
Desde então, houve idas e vindas com momentos de resistências tanto do lado do Mercosul quanto do lado da União Europeia. Em 2016, os dois blocos voltaram a trocar propostas e, neste ano, havia a percepção de que faltava muito pouco para um acerto.
Para a rodada final, o governo brasileiro enviou a Bruxelas o chanceler Ernesto Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.
O clima era de otimismo e o Brasil se preparava para anunciar um desfecho favorável já na noite de quinta-feira. Mas muitos detalhes referentes ao setor agrícola ainda não tinham sido resolvidos, segundo uma fonte próxima às conversas que correm na Bélgica.
O clima pesou em diversos momentos e houve tensão entre os negociadores, conta essa fonte. Ao longo desta sexta, porém, foi possível alcançar um consenso.
7 Comentários
Vão levar nosso ouro em troca de espelhinhos??? Só falta importarem arroz de lá quando não tiver no Brasil e no Paraguay… Suiça maior exportador mundial de chocolate sem plantar um pé de cacau… Alemanha maior exportador mundial de café sem possuir sequer um cafezal… Tá contente agora? Quem mandou não estudar ou nascer burro!!! Em troca nossa amazônia, nosso progresso, nosso minério, nossa madeira, nosso controle climático, nossa soberania!!! O que eles tinham de bom a não ser tecnologia acabou a 500 anos… Mas seria um sonho que importassem arroz, soja, vinho, couro, produtos manufaturados… Vamos aguardar… Alguém irá lucrar nesse brick !!!
Com essa agora acho melhor encher as terras com eucalipto e fabricar papel, pq deve abrir mercado de tecnologia pra nós , espero, mas não deve ser dificil adivinhar quem será o jegue nessa história. Aguardemos o andar da carruagem………! Sds.
Muita gente não entende como funciona a economia. Beneficiar ou não, não importa. Hong Kong não tem quase riquezas naturais, era um pantano, e mesmo assim, se desenvolveu.
Nos tambem exportamos produtos beneficiados, temos gigantes, como Marcopolo, Fras-le, Camil (arroz beneficiado), Mahle, WEG, Schulz, etc etc
É bem isso David… Eles vêm com as grandes deles Mercedez, Ferrari, etc e etc… Desbancam com as nossas… Levam nosso minério. nosso nióbio. nosso ouro. nossa madeira. afinal para eles a Amazônia é patrimônio da humanidade!!! E será que comprarão ônibus da Marcopolo? plástico da Fras-le? Arroz da Camil? Motores da WEG (que a matriz é alemã)? É um jogo de balança… Se isso for respeitado… Excelente… Bato palmas… Mas se for só para o governo realizar renúncia fiscal. Gerar meia dúzia de empregos. E seguirmos só importando ao invés de exportarmos como podemos e deveríamos… Dai bau baus meu amigo… Hong Kong é um belo exemplo de mercado de capitais… Como é a Suiça… Ilhas Cayman… Panamá… Uruguay… Luxemburgo e outros tantos paraísos fiscais!!! Dai a riqueza se avizinha e muito… Mas vamos ter fé… Vamos ser otimistas… Do jeito que este país está… qualquer pirulito de framboesa já é lucro!!!
Pelo que entendi do acordo as exportações de arroz do Mercosul a União Européia foi quotizada em 60.000 toneladas… Não é só do Brasil… Mas de todo o Mercosul!!! Então meus amigos… Não sei o porque de todo o alvoroço de entidades, politicos e produtores… Muita pólvora e pouco chimango… Enquanto isso defendem o Mercosul e não buscam corrigir as distorções locais. Enquanto isso não buscam uma Securitização Tesouro Direto. Não adianta a situação do arroz passará por uma redução massiva de área. O que há é uma gama de promessas, mas nada que surta efeito num mercado Cartelizado.
Parece que falaram a palavra mágica…… Cartelizado.
Essa é a única explicação lógica para o arroz não ter mercado nem preço.
A indústria está confiando que vai atingir seu objetivo de continuar comprando arroz barato, em um ano que houve quebra de 15 porcento na produção, devido a fatores climáticos.
As indústrias sabem que os arrozeiros estão ansiosos para plantar mais arroz essa safra e vender ainda mais barato no próximo ano.
Seu Marcus é óbvio que a indústria já liberou dinheiro para seus CPRs. É óbvio que o pessoal que têm acesso ao crédito oficial está louco para aumentar área. É óbvio que os produtores-engenho vão plantar área cheia!!! Mas no meio do caminho tem muitos que não se enquadram nessa situação e irão parar ou mudar de cultura!!! Sempre foi assim… Um quer engolir o outro… Nada de óbvio… A questão é que sem dinheiro, sem insumos, sem crédito não se faz lavoura!!! Então entre querer e poder existem léguas de distância… E a indústria também sabe disso… Por isso na hora em que ela julgar conveniente os preços irão dar uma melhoradinha para iludir os tolos!!! Tem sido assim há décadas… Com a conivência e tolerância de muitos, senão de todos… Adoram acreditar que vivemos numa economia de mercado, concorrência perfeita, quando na realidade vivemos num regime exploratório de oligopólio pleno… Ou Oligosplênio como ouvi esses tempos! Fosse livre mercado estaríamos competindo em condições de igualdade inclusive no Mercosul… Adubo mais barato, veneno mais barato, mão-de-obra mais barata, tudo mais barato!!! Se a cada ano reduzirmos 5% de área, em 6 anos teremos o equilíbrio entre produção x consumo x exportações… Precisamos subir ao patamar de R$ 55 preço final produtor… Se não tem como chegar nesse patamar temos que reduzir área até que chegue!!! Ou fazer que nem os CPRs que conseguem vender a R$ 42 gastando pouco, produzindo pouco e lucrando nada!!!