Mercosul evolui tratativas, mas não há resultado prático

Reunião entre dirigentes da Federarroz, Farsul e Sindicato Rural de Tapes com representantes da Argentina evoluiu no campo das idéias, mas não apresentou resultado na prática para o impasse dos excedentes de arroz do Mercosul que não pAram de entrar no mercado brasileiro, deprimindo preços.

Uma nova rodada de negociações foi realizada nesta sexta-feira 3 entre dirigentes arrozeiros gaúchos e argentinos na Expointer, em Esteio (RS). Apesar da evolução da proposta de criação de um Fundo Comum de Cotas para Exportação (onde Brasil, Uruguai e Argentina negociariam conjuntamente sua oferta para terceiros mercados e estipulariam cotas mínimas para vender fora do bloco econômico) e da proposta de formação da Câmara Setorial do Arroz do Mercosul, não houve resultados práticos. Os argentinos descartaram a possibilidade de custear parte de um pedido de painel de arbitragem para os subsídios norte-americanos ao arroz na OMC.

O presidente da Federarroz, Valter José Pötter, afirmou que a situação atual de ingresso dos excedentes do Mercosul no Brasil configura-se num verdadeiro suicídio para os produtores do bloco e avisou que se medidas práticas não forem tomadas e se não houver a conscientização dos demais países, não sabe dimensionar quais as reações dos produtores brasileiros.

Pötter defende o estabelecimento de cotas máximas para o ingresso de produto do Mercosul no mercado brasileiro, sob pena da próxima safra de arroz brasileira sofrer graves prejuízos.

As discussões serão retomadas na próxima quinta-feira na cidade do Paraná, na Província de Entre Rios, na Argentina, onde acontece o I Congresso de Arroz do Mercosul.

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