Mercosul mais competitivo

Notícia antecipada no início da semana pela AgroTendências Consultoria em Agronegócios, mostra que Uruguai e Argentina já têm mercado garantido no Iraque para 90 mil toneladas, o que é bom pro Mercosul.

O analista de mercados Tiago Sarmento Barata, da AgroTendências Consultoria em Agronegócios, divulgou na última sexta-feira que Uruguai e Argentina venceram uma licitação para enviar 90 mil toneladas de arroz (base casca) para o Iraque nos próximos meses. Trata-se de arroz da nova safra, que apresenta aumento de 6% em produtividade no Uruguai, apesar da estiagem em alguns pontos e aumento produtivo, principalmente pelo incremento de 16% em área, na Argentina.

Segundo dados oficiais, o Uruguai colherá de 1,45 milhão de toneladas a 1,5 milhão. E a Argentina entre 1,5 e 1,6 milhão de toneladas. O Rio Grande do Sul deve colher, sozinho, mais de 8 milhões de toneladas, segundo o Irga.

O Iraque receberá 45 mil toneladas de cada país sulamericano, mais 30 mil toneladas da Tailândia. “Com preços menos competitivos e uma produção 8% maior na última safra, os Estados Unidos ficaram de fora desta licitação e acusaram o golpe, com uma redução nas cotações do produto para exportação na última semana e maior agressividade no mercado”, afirma Tiago Sarmento Barata.

Ele assegura que esta movimentação internacional é ótima e confirma que o arroz do Mercosul é competitivo no mercado mundial. “O caso do Brasil é outro, principalmente em razão do câmbio”, avisa. A boa notícia, porém, não deve trazer efeitos imediatos de alta ao mercado brasileiro, que está em baixa. “Diante dos volumes disponíveis na nova safra no Mercosul, é pouco, mas significa que há um trabalho voltado à busca de novos mercados, o que é importantíssimo para o comportamento interno dos preços no futuro”, assegura o analista. É uma medida que consolida o Mercosul como ofertante mundial. “O mercosul está no jogo”.

5 Comentários

  • pode parecer ignorância minha, mas o Brasil não poderia participar de uma licitação dessas com o apoio do Governo? Em vez de custear a formação de estoque (como a federarroz), dar um premio especificamente para quem participar de uma concorrência dessas…

  • boas estas medidas de escoamento de arroz do uruguay e argentina para terceros mercados,o q não se pod aceitar é q barcos vindos da asia e eua entrem por estes paises com preços subsidiados e com preços financiados a longo prazo para pagamento,usando as vantagens do mercosul e entrando no brasil com taxas baixas.e quem esta diretamente ligada com isto é a industria brasileira e não a uruguaia e argentina.

  • quanto mais o Uruguai e Argentina venderem para fora do bloco, menos arroz entra aqui. Qual foi o preço que foi acertado?

  • É bom ser produtor de arroz no Brasil, no MEERCOSUL os custos de produção são até 40% menores que o nosso, 90% questões de impostos, ai a Indústria Amiga, que trabalha junto com os produtores pode buscar arroz ali do outro lado sem taxação alguma, sem balança pra pesar, sem nada, agora deixa um produtor ir buscar um herbicida ali, vai preso sem fiança.

  • todos os problemas serão solucionados quando o Custo-Brasil for reduzido. Aí sim, o Brasil vai ser competitivo, podendo inclusive sonhar com esses mercados. Basta desejo político para o Mercosul ser uma grande fonte ofertante de arroz no mundo

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