Mercosul pauta reunião da Federarroz com futura ministra
Em encontro em Brasília, próxima titular da pasta da Agricultura ressaltou que vai questionar bloco econômico.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, esteve reunido nesta quarta-feira, 28 de novembro, com a futura ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina (DEM/MS). O dirigente aproveitou agenda da Câmara Setorial do Arroz, em Brasília (DF) e, juntamente com o deputado federal Covatti Filho (Progressistas/RS), conversou com a titular da pasta a partir de 2019.
A principal pauta relacionada foi a das assimetrias do Mercosul. A Federarroz vem trabalhando nos últimos anos de forma a denunciar irregularidades na entrada de arroz dos países vizinhos, especialmente do Paraguai, assim como das diferenças ambientais e tributárias em relação à produção do grão, que prejudicam a competitividade para o produtor brasileiro. "As impressões foram as melhores possíveis. Existe um ambiente muito forte para questionar o Mercosul no âmbito das assimetrias e na falta de harmonização de vários ítens como tributários, trabalhistas e ambientais na qual o bloco se comprometeu a fazer e até hoje não houve evolução", observou.
Conforme Dornelles, a futura ministra mostrou seu lado humilde e atencioso e ouviu com muita atenção o que o setor tinha a dizer sobre os problemas que vem enfrentando nos últimos anos. "A ministra já nos afirmou que vem sofrendo uma pressão muito forte de Argentina, Uruguai e Paraguai acerca das declarações do novo governo sobre o Mercosul, mas o compromisso principal é o de defender os interesses dos produtores brasileiros", salientou.
O presidente da Federarroz ressaltou que cresceu o ambiente de questionamentos do bloco, sobretudo na instância econômica e, obviamente, as questões relacionadas à agricultura são o principal motivo desta visão. Dornelles reforçou a visão exposta da Federarroz em relação as dificuldades do setor orizícola, sobretudo no que diz respeito do ambiente econômico e comercial.
Dornelles afirmou também que existe uma expectativa de uma mudança muito profunda no Ministério da Agricultura em questões fundamentais, como sanidade e comércio exterior. Além do encontro com a futura ministra e a Câmara Setorial, o presidente da Federarroz cumpriu agenda com senadores e deputados, além de reunião no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O dirigente se encontrou também com o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, onde o assunto abordado foi a questão de fiscalizações de fronteiras.
2 Comentários
A pressão maior será da indústria e comércio do Brasil que poderá vir a sofrer com retaliações dos hermanos!!! Quero ver se nossa futura ministra terá coragem de peitar de frente essa gente!!! A indústria e o varejo que contam com esse arroz do Mercosul quem chega aqui ferrando com o produtor nacional tb vai pressionar o novo governo. Será uma grande queda de braço. Espero que nós produtores continuaremos sendo a parte mais prejudicada porque será o fim. As indústrias tomarão o lugar do produtor. Nos tornaremos funcionários do Cartel !!! É para isso que caminhamos a passos largos. Ou teremos que vender tudo e irmos embora para a cidade. Será o fim de uma classe!!! De toda uma classe…
Até que enfim um governo que nos ouve, nossa chance é agora, não podemos perder o foco. Inegavelmente a pressão será grande, principalmente do Paraguai, que direciona o seu arroz basicamente para o Brasil. Pois o balizamento de preço em nosso mercado interno como está se vendo nesta entressafra, é o preço do saco do arroz paraguaio que aqui chega. Sobre taxa de no mínimo 15 % neles, e aí sim, poderemos fazer frente ao cartel das indústrias brasileiras!!!!