Mesmo com chuvarada, área de arroz avança no RS

Zonas de cultivo de arroz pré-germinado seguem avançando.

Mesmo com as chuvaradas que provocaram enchentes recordes na Depressão Central, na Zona Sul, no Vale do Taquari, e algumas outras regiões de cultivo, as operações de cultivo da safra de arroz 2015/16 avançaram, segundo a Equipe de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Os analistas indicam que o Estado tinha 20,35% da área plantada com arroz na safra 2015/16 até a última sexta-feira, dia 09 de outubro. Segundo eles, foram plantados 220,567 mil hectares.

Na semana anterior, o percentual semeado era de 13,21%, o que para uma semana extremamente chuvosa e de grandes enchentes, pode ser considerados urpreendente. A área total no estado deve ser de 1,083 milhão de hectares, segundo o instituto.

11 Comentários

  • O IRGA está acompanhando produtores que desenvolveram plantadeiras anfíbias ? que interessante gostaria de conhecer, plantar no barro e na água sem ser pré-germinado é novidade. É tudo que precisamos em ano de atraso de plantio.
    Mesmo no plantio germinado, a semente colocada na semeadeira a trator ou chupa-cabra, não desce para o rotor de distribuição com chuva, fica aderida nas paredes da semeadeira, dificultando totalmente seu lançamento nos quadros ou “canchas .” Com chuva ” nem a pau juvenal .
    Com chuva forte como pode o plantio avançar ? Só o IRGA mesmo para lançar este tipo de ” pérola .”

  • como sempre o IRGA botando lenha na fogueira Carlos Azambuja…avanço de área plantada com toda essa chuva, meio estranho isso.

  • Vai ter retrocesso na area plantada, eu mesmo dos 150 ha que plantei, vou ter que replantar 70ha, ja ta dando prejuizo grande, ao menos na minha região.

  • É SURPREENDENTE REALMENTE, MAS É SÓ PEGAR UMA FOTO AÉREA QUE VERÃO TODAS VÁRZEAS INUNDADAS, INCLUSIVE AQUI EM NOSSA REGIÃO EM CACAPAVA DESDE O DIA 07/10 AS ENCHENTES NÃO DESAPARECERAM AINDA, E AGORA CHUVENDO MAIS AINDA , COMPROMETE A ÁREA ATÉ DIA QUINZE DE NOVEMBRO.

  • Esta informação é referente ao dia 07/10/2015, os escritórios regionais informam à política setorial sempre as quartas-feiras, este dado então corresponde a área semeada entre os dias 1º a 7 de Outubro.

  • Na região de Dom Pedrito e Bagé não é diferente, as chuvas estão continuas, produtores que já plantaram estão com lavouras inundadas a vários dias, grande possibilidade de perda do plantio, e quem não plantou vai entrar quando para plantar? Aqui em Dom Pedrito chave desde ontem 19/10, e já marca chuvas para semana que vem, provavelmente plantio só em novembro se o tempo der trégua!

  • Considero 100% a perda na área que plantei de 130 ha, mais da metade da semente apodreceu, se der vou replantar. Ano vai ser difícil, nunca vi um clima e uma situação financeira tão difíceis juntas! BB não ta soltando dinheiro, por isso já usei menos adubo e agora….acho que vai ser uma safra das mais difíceis da história recente, ao menos que tenho lembrança.

  • Cadê o último levantamento? Não conseguiram sair de casa pra fazer? Estamos passando a pior época de implantação de lavoura de arroz da história, e as que estão plantadas muitas estão perdidas e MUITO POUCO este site fala sobre isso…

  • Caro Diego Silva:

    Seu comentário é mais do que oportuno, no sentido de que possamos esclarecer alguns posicionamentos.

    Em primeiro lugar, atualizo aqui a informação que você deseja a respeito do último levantamento do Irga.

    Ontem o Irga divulgou novo levantamento indicando que até o dia 16 de outubro 228,4 mil hectares, de 1,083 milhão previstos para a lavoura de arroz, estavam semeados. O percentual, na data, alcançou 21,08%. A evolução ficou em torno de 1% na semana em que diversas tempestades alcançaram as regiões arrozeiras causando danos que já são de conhecimento de todos e que lamentamos, especialmente no caso das nossas comunidades rizícolas.

    Como deve ser do seu conhecimento, Planeta Arroz não realiza levantamentos ou projeções de safra, até porque Irga e Emater-RS, Conab e IBGE têm estrutura incomparável e autoridade para cumprir com essa função.

    É oportuno, no entanto, lembrar que na safra passada tivemos também um significativo atraso (as entidades chegaram a falar em mais de 40% da lavoura semeada após a época recomendada), milhares de hectares alagados e perdidos na Fronteira Oeste e Depressão Central, e muito alarde de perdas, mas uma produtividade que demonstrou ser a cultura amplamente responsiva a um clima favorável e o manejo adequado, apesar do excesso de chuvas.

    Portanto, qualquer projeção neste momento, sobre uma base ainda pequena e sem um levantamento sistemático e criterioso, é temerário, precoce e tende a não condizer com a realidade, uma vez que é muito cedo para medir dados de produção em uma lavoura cuja época de plantio ainda está em aberto.

    Aliás, é corriqueiro ver de alguns atores da cadeia produtiva a projetação de preços espetaculares por causa do El Niño ou La Niña, e quem projete dificuldades em produção e comercialização no ano seguinte, em extremos diversos sobre o volume de produção. Mas, invariavelmente as projeções catastróficas – ao menos em termos de produção – não se concretizam.

    Essa política arcaica de alguns integrantes do setor, de tentar faturar com a catástrofe – geralmente alheia – já está ultrapassada, mesmo na cadeia produtiva do arroz, onde alguns integrantes reportam a perda de 500 hectares em Bangladesh para tentar impor uma tendência de que agora sim, o preço vai subir vertiginosamente.

    As regras de mercado – e mesmo as de produção – não são mais determinadas por decreto. Mas, você há de convir conosco que há ainda algumas antigas “lideranças” que o mercado – cada vez mais globalizado – se move pelo risco de chuvas, pelo tufão na Índia, pela perda de alguns milhares de toneladas numa montanha de estoques da Tailândia.

    Basta rever as manchetes da cadeia produtiva no ano que passou e você perceberá como o alarme de calamidades tem sido usado historicamente sem sentido. O Rio Grande do Sul colheu sua segunda maior safra da história plantando quase metade de sua área entre o final de novembro e o final de dezembro. Isso é um fato.

    O Fórum da Planeta Arroz é um espaço democrático para a exposição de opiniões dos leitores, porém, a revista tem critérios e responsabilidade sobre o que divulga sob sua assinatura.

    Nos últimos anos, segundo os meteorologistas, há mais perdas no arroz em anos considerados “normais” do que nas temporadas de El Niño, por exemplo. Como ainda há quase um mês para vencer o prazo tecnicamente recomendado para o cultivo adequado, apesar das perdas parciais ou totais de parte dos produtores que já haviam semeado suas superfícies e precisarão retomar o preparo e replantar as áreas, qualquer avaliação conclusiva corre o risco – muito provável – de tornar-se apenas mais uma falácia destas que o setor já anda repleto.

    Uma coisa é desejar que os preços alcancem R$ 50,00. Outra coisa é um produtor afirmar que “sabe” quanto houve de perdas por conta das enchentes e enxurradas e assegurar que os preços chegarão a isso por conta do fenômeno climático. Uma revista com quase 16 anos de circulação ininterrupta e credibilidade no setor, não pode se dar ao direito de acompanhar o “achismo” muitas vezes inconsequente de tanta gente que se autoproclama representante da cadeia produtiva. É preciso seriedade e dados que justifiquem. Alarmismos temos visto, aqui na revista, há 16 anos, sem que se concretizem.

    Obviamente, sua demanda é meramente pela divulgação dos números atualizados pelo Irga, que lhe respondemos de forma personalizada. Mas, no conjunto do que temos visualizado no fórum por parte de alguns assinantes, resolvemos por bem trazer mais esclarecimentos a respeito de nossa posição imparcial sobre o assunto.

    Obrigado pela sua sugestão e participação importante e permanente no nosso fórum. Continuaremos insistindo em buscar dados mais concretos e atualizados para trazer a você e os nossos mais de 18 mil assinantes do site, com a seriedade e credibilidade de sempre.

    Grande abraço!

  • Estimado Moderador Planeta Arroz!
    Parabéns pelos esclarecimentos que prestou no post acima. Posso afirmar sem medo de equivocar-me que, se não fosse assim, eu nem perderia meu tempo em ler e participar deste fórum. Faço minhas as suas palavras. É desse tipo de posicionamento que deriva a credibilidade de vocês.

  • Caro Moderador, é inegável a razoabilidade do exposto, porém para mim, cético de plantão em relação a dados ofertados pelo IRGA, CONAB, EMATER IBGE não condizem com boa parte da realidade orízicola do nosso estado.
    Pelo simples fato de falta de acompanhamento destes órgãos a produtores e lavouras, de onde tiram estes dados ? qual a metodologia usada para levantamentos parciais ? levantamentos aéreos ? satélite pelo google earth em tempo real ? pelas lavouras dos municípios nunca soube de visitas de nenhum técnico destes órgãos solicitando informações de plantio e colheita.
    Portando, até que provem o contrario dados advindos destes ” órgãos ” são ” chutes ” de seus técnicos sentados em suas salas olhando os monitores de seus computadores.

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