Mesmo trabalhando pela exportação, Federarroz recomenda manutenção da área plantada

Comercialização no mercado internacional ajuda na estabilização de preços domésticos..

O escoamento de parte da produção gaúcha de arroz por meio das exportações é uma das metas prioritárias da nova diretoria da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul – Federarroz. Na última semana, o presidente Henrique Osório Dornelles participou de reuniões com representantes de três países para debater a abertura ou ampliação de mercados ao cereal gaúcho, sendo eles: Quênia, Nigéria e Angola.

Além do contato direto e da disponibilização de informações a respeito da produção rio-grandense, o dirigente arrozeiro convidou aos representantes destes países a participarem da 24ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, evento este que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de fevereiro de 2014, em Mostardas/RS. Dornelles também apresentou um vídeo sobre o evento, no qual são elencadas as principais características do grão produzido em solo gaúcho.

“A receptividade foi muito boa, pois há uma evolução na demanda por qualidade no continente africano e os visitantes desconheciam características como a tecnologia empregada na produção arrozeira em nosso País. Essa é a imagem que precisamos enfatizar nos nossos negócios, o padrão de qualidade que faz do arroz gaúcho uma referência nacional e, nos últimos cinco ou seis anos, também com presença importante em grandes mercados internacionais”, avalia o presidente Henrique Osório Dornelles.

A Federarroz pretende promover uma rodada de negócios na Abertura da Colheita, com representantes de diversos países. “Ao mesmo tempo estamos trabalhando política e setorialmente por investimentos no Porto de Rio Grande para ampliar o nosso potencial de escoamento e a eficiência dos terminais”, acrescenta. Ainda segundo Henrique Osório Dornelles, a venda externa é importante para manter o equilíbrio dos preços domésticos e a renda ao produtor. “Vencendo os gargalos para os embarques, estaremos fortalecendo a produção nacional”, destaca.

Alerta

Mas, ao mesmo tempo em que o foco da Federação está direcionado ao escoamento internacional e ao equilíbrio de preços, com renda ao produtor, o presidente da entidade faz um alerta: “ao planejar a área cultivada, o arrozeiro deve estar muito consciente de que ainda não temos garantias de preços sustentados em 2014”. “Hoje a linha que determina a relação de oferta no Brasil é muito tênue e, para ter renda, não podemos gerar um desequilíbrio pelo excesso de produção. O rizicultor deve agir com parcimônia e ter disciplina quanto à gestão produtiva e de seus estoques. Nos últimos dois anos os preços se mantiveram graças a este equilíbrio entre oferta e demanda. Portanto, a Federarroz recomenda a manutenção da área cultivada e a venda escalonada do restante da atual safra.” argumenta.

7 Comentários

  • Temos garantia sim, de preço Sustentado Sr. Presidente…..SE HOUVER EXCESSO DE PRODUÇÃO, O GOVERNO PAGA R$ 25,80……Portanto, Aproveitem e Aumentem a Area de Arroz.

  • Sr. Antonio Carlos, o sr acredita nessa “garantia”? Se issoi existisse niguém teria vendido arroz a menos de vinte reais não acha?
    Ou já se esqueceu disso?

  • Sr. Walter Arns….Minha Opinião acima foi um Deboche (Não sei se o Sr. Notou),,..Vender Arroz este ano a R$ 34,00 , que seja, para Aumentar Area e Ano que vem vender á R$ 25,80, é no Minimo Ridículo….Ou Então, os Produtores de Arroz não são uma classe á ser levada a sério……Desculpe.

  • Sr. Walter Arns tem razão. Não existem armazens credenciados suficientes. Quando tem é distante, custo de frete, de descarregamento e outras picaretagens cobradas por fora. Em fim é um inferno recorrer a preço mínimo.

  • Caros leitores deste conceituado espaço. Talvez, sobre este tema, possa colaborar o artigo publicado no endereço seguinte do ano de 2008 e que, infelizmente, continua válido: http://josenei.blogspot.com.br/2008/04/o-arroz-exportar-o-que-importa.html

  • É sr Antonio Carlos, eu percebi o tom de deboche, mas acontece que vejo tantas manifetações de colegas que acreditam na tal de “garantia do preço mínimo”, que resolvi provocar o sr.
    Reitero: temos é que buscar a nossa independência em relação ao governo, pois só assim poderemos ter a liberdade de planejar algo na nossa atividade.

  • Acho que a federarroz se equivocou, temos que reduzir a área, plantar arroz pra colher dívidas é o que nos resta pra próxima safra se formos vender a menos de 40,00 somente reduzindo a área e subistuindo por soja vamos ter PREÇO, com o dólar alto nosso custo disparou mas a notícia menos ruim é que buscar arroz de fora do país com este dólar é caro, além da qualidade pavorosa de arroz de fora do mercosul.
    Vamos plantar soja, mercado futuro ja passa dos 70,00 EUA estão enfrentando mais uma seca e as previsões são muito boas.
    SOJA NA VARZEA NELES!!!

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