Ministra quer revisão do Mercosul

 Ministra quer revisão do Mercosul

Setores pediram mudanças para equilibrar relação com os concorrentes

“Do jeito que está, é melhor que acabe”, disse a futura ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se referindo à área agrícola do Acordo do Mercosul.

“Se for para manter o atual Acordo do Mercosul em sua área agrícola da maneira que está, é melhor que acabe”. A afirmação é da futura ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e foi feita em reunião com diversas cadeias produtivas nesta quarta-feira, em Brasília (DF). Entre os setores presentes, representantes da produção de alho, arroz, cebolas, leite, trigo e vinho. O setor arrozeiro foi representado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

O encontro foi destinado à apresentação dos problemas de cada cadeia produtiva, os gargalos que envolvem o Mercosul, os prejuízos dos produtores brasileiros. Além do encontro coletivo, Henrique Dornelles, presidente da Federarroz teve um encontro privado com a ministra onde reforçou o pleito por maior fiscalização nas fronteiras, em especial para produtos fitossanitários e para a questão tributária, que permite ao arroz do Mercosul entrar no Brasil com vantagens e isenções em estados como Minas Gerais, São Paulo e Goiás, sobre o grão produzido no país. Também apresentou assimetrias nos custos de produção que podem chegar a 800 dólares de vantagem para um dos países em algumas safras, como a impossibilidade do arrozeiro brasileiro importar insumos genéricos.

“Foi importante para o setor escutar de viva voz da ministra que o Mercosul está gerando prejuízos ao produtor. Ela, como produtora e conhecedora da área e dos problemas nos garantiu que medidas serão tomadas e que este quadro não permanecerá. Não é um se está propondo o fim do Mercosul, mas uma revisão que leve a maior equilíbrio a estes setores”, explica Alexandre Velho, vice-presidente da Federarroz, que participou do encontro.

Para ele, o fato de a ministra ter um entendimento que está em sintonia com o setor, gera uma expectativa muito positiva para as ações do novo governo. No mandato de Michel Temer, por exemplo, o assunto não avançou. “A ministra se mostrou acessível e consciente dos problemas. Foi um encontro muito positivo”, afirma. Elton Doeler, presidente da Abiarroz, e Antonio da Luz, economista chefe da Farsul, também participaram do encontro.

1 Comentário

  • Melhor notícia de fim de ano para a ”colonada ”….Se terminasse esse malfadado Tratado seria melhor ainda!!! …..uma luz no fim do túnel para os arrozeiros e demais prejudicados por esse ”tal” de MERCOSUL, …..Finalmente um ministro e um governo com intenção de atender os pleitos das tão sofridas classes de agricultores escanteados pelos governos anteriores!!! ……16 anos sofrendo com esta Petezada comunista quase acabaram com os arrozeiros gaúchos. Bem vindo 2019, bem vindo Bolsonaro!!!

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter