Ministro conhecerá programa de consumo do arroz
Embrapa Arroz e Feijão e Câmara Setorial Nacional do Arroz levam o programa ao ministro Roberto Rodrigues no próximo dia 11.
A chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Beatriz Pinheiro, acompanhada de representantes da indústria de beneficiamento e integrantes da Câmara Setorial Nacional do Arroz, apresentará ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Roberto Rodrigues, o Programa Nacional para o Aumento do Consumo de Arroz e Feijão. A audiência está marcada para o próximo dia 11 de novembro e faz parte das decisões tomadas na última semana na reunião da Câmara Setorial. O programa está orçado em 6 milhões de reais e já tem indicação de que o Governo Federal participará com a metade do valor.
O programa consiste em ações de publicidade e marketing e outras formas de incentivo ao uso do velho e bom arroz com feijão brasileiro. Além do incentivo ao aumento do consumo, importante para eqüalizar preços no mercado nacional, a proposta tem objetivos maiores como o estabelecimento de uma dieta nutritiva e saudável para os brasileiros. A campanha desmistifica, com base científica, algumas crenças como a de que o arroz com feijão engorda e não faz bem para a saúde. Está cientificamente comprovado que esta é uma mistura que se complementa e tem grande valor nutricional.
O farelo de arroz, a farinha e outros derivados são considerados importantes em ações de combate à desnutrição infantil e, também, para alimentação de pessoas alérgicas ao glúten.
Há pelo menos três anos a Embrapa Arroz e Feijão vem trabalhando neste projeto pelo aumento do consumo. Além de ser uma mistura saudável, nutricionalmente adequada, saborosa e arraigada à cultura brasileira, a ação poderá ter impacto na cadeia produtiva por outros aspectos.
O Brasil alcançou o patamar de auto-suficiência e ainda recebe a maior parte dos excedentes do Mercosul, o que afeta ao mercado interno e gera prejuízos à cadeia produtiva nacional. Hoje, o excesso de produto no mercado brasileiro está provocando a comercialização do arroz por um preço equivalente à metade do custo de produção, em evidente prejuízo à cadeia produtiva (principalmente aos produtores). Além disso, nota-se que o consumo percapita de arroz e feijão vem caindo significativamente nos últimos 30 anos.