Moçambique: falta de água ameaça culturas de arroz

 Moçambique: falta de água ameaça culturas de arroz

Lavouras de arroz sob influência de forte seca em território moçambicano

Se o atual cenário se mantiver, poderão perder-se mais de 2.300 hectares de arrozais na província de Gaza. Agricultores vivem momentos de angústia em relação ao futuro.

A seca e a eventual incapacidade da barragem de Massingir em fornecer água suficiente para a cultura de arroz está a causar apreensão nos agricultores do regadio de Chókwè, na província de Gaza, em Moçambique. Mais de 2.300 hectares de cultivo podem ficar irremediavelmente perdidos. 
 
O cenário agrava-se ainda mais tendo em conta que os agricultores investiram das suas próprias economias e do Fundo do Tesouro mais de 80 milhões de meticais (o equivalente a 1,5 milhões de euros) para assegurar a preparação das terras, aquisição de sementes, fertilizantes e outros bens inerentes à produção de arroz. 
 
Segundo a imprensa local, o regadio começou a receber volumes mais baixos de água entre novembro e dezembro, um período considerado crucial para o sucesso da campanha. Com as quotas baixas, passou a haver menos água nos canais principais e o fornecimento aos canais secundários ficou seriamente limitado, segundo explicou César Moluana, diretor de operações na Empresa Hidráulica do Chókwè. 
 
«Estamos cientes que nos encontramos num período bastante difícil devido à seca que ainda prevalece. Contudo, entendo que antes da realização da campanha, tanto a Administração Regional de Águas Sul como a empresa gestora do regadio, deviam ter concentrado atenções, para que a pouca água disponível não fosse usada em culturas que exigem menos este recurso hídrico», advertiu o responsável.

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