MST se torna o maior produtor de arroz orgânico da América Latina

 MST se torna o maior produtor de arroz orgânico da América Latina

Colheita de arroz orgânico produzido pelo MST no Rio Grande do Sul

Movimento, que é alvo de defesas e críticas contundentes, estima colheita de 27 mil toneladas para a safra de 2016-17.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se tornou o maior produtor de arroz orgânico, isto é, sem agrotóxicos, da América Latina.

O movimento, que é alvo de defesas e críticas contundentes, estima uma colheita de 27 mil toneladas para a safra do arroz orgânico de 2016-17. A produção ocorre em 22 assentamentos diferentes e envolve 616 famílias gaúchas. Ainda de acordo com o MST, também serão produzidas 22.260 sacas de sementes não-transgênicas.

Embora a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do governo federal, não faça a distinção entre produção orgânica e convencional, isto é, com agrotóxicos e outros aditivos químicos, em sua estimativa anual de safra, o Instituto Riograndense do Arroz, o Irga, do governo gaúcho, confirma a posição do MST como o maior produtor de arroz orgânico da América Latina.

De acordo com o coordenador do Grupo Gestor do Arroz Agroecológico do MST, Emerson Giacomelli, cerca de 30% da produção é exportada para países como EUA, Alemanha, Espanha, Nova Zelândia, Noruega, Chile e México.

A prefeita de Nova Santa Rita (RS), Margarete Simon Ferretti (PT), diz que a produção do MST movimenta a economia do município gaúcho, fazendo circular R$ 7 milhões por ano.

O discurso da agroecologia passou a ser incorporado pelo MST a partir dos anos 2000, segundo estudos acadêmicos. Em entrevista à BBC Brasil, João Pedro Stédile, coordenador nacional do MST, ressaltou que o modelo agroecológico é antagônico ao do agronegócio porque este último “visa o lucro a qualquer custo, usando agrotóxicos, transgênicos e maquinário, o que afasta os trabalhadores rurais do campo”.

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que representam o agronegócio, não quiseram comentar a posição do MST.

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