Mudança na Cesa alerta produtor
Para o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, é importante saber se a Cesa será privatizada, se será fechada ou se os silos serão arrendados.
As mudanças que devem ser feitas na Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), com vistas ao saneamento das contas, preocupam os produtores rurais. O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, afastou os rumores de fechamento da estatal, mas afirmou que deve haver alteração na sua forma de gestão. Para o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, é importante saber se a Cesa será privatizada, se será fechada ou se os silos serão arrendados.
– Ante a falta de condições de armazenagem, não se pode descartar nada – disse, ao apontar a falta de estrutura de estocagem no Rio Grande do Sul.
– Precisamos da Cesa, mas não necessariamente na forma como está. O que não pode haver é interrupção no recebimento – destacou.
Caso haja interrupção do carregamento ou a desativação dos silos, os arrozeiros seriam atingidos em cheio. O diretor da Federarroz, Valter José P’tter, explicou que a estrutura da autarquia é fundamental para os produtores que comercializam o grão por meio de Aquisições do Governo Federal (AGF) ou contratos de opção. Para fazer a contratação com o governo, é necessário armazenar o grão na rede credenciada pela Conab.
– Os armazéns credenciados são da Cesa ou de cooperativas e indústrias, que já estão comprometidos. Por isso, a Cesa tem grande importância estratégica.
O presidente da Abramilho, Odacir Klein, acredita que a extinção da Cesa acarretaria problemas de armazenagem.
Conforme o presidente da Cesa, Ilmo Adams, de junho a agosto, houve redução de 22% nos custos, o que provaria o enxugamento de despesas. O aumento de gastos contestado pelo governo, acrescentou, está baseado na contratação temporária de funcionários terceirizados em setembro.
– A sede da Cesa já teve 200 funcionários e, hoje, tem menos de 50.
A capacidade total estática da Cesa é de 621,5 mil toneladas.
