Municípios contabilizam prejuízos nas lavouras de arroz no sul de Santa Catarina

Epagri estima que 20 mil hectares entre Criciúma e Araranguá estão submersos.

Esta segunda-feira foi um dia de levantamento dos danos que a chuva causous às lavouras de arroz, que predominam no Sul de Santa Catarina. Pelo menos 18 municípios da região foram atingidos pelos alagamentos.

De acordo com uma estimativa preliminar da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), 20 mil hectares entre Criciúma e Araranguá estão submersos. A perspectiva é de até 50% de perda na produção das áreas alagadas.

Em Araranguá, cerca de 80% das canchas de arroz, ou seja, 4 mil hectares, estão comprometidas. Em Maracajá a situação é semelhante, já que 100% das lavouras foram atingidas.

No município de Meleiro, 60% das lavouras foram danificadas. Em Nova Veneza, dos 500 hectares submersos, pelo menos cem terão queda de produção pela metade. São 7 mil sacas perdidas, o que chega a um prejuízo de R$ 230 mil. Em Turvo, os danos foram menores, com perdas localizadas em cerca de 900 hectares, ou 10% da área cultivada.

Apesar de algumas lavouras estarem na fase vegetativa, as canchas com arroz em fase de floração foram cobertas de lama. Agora, a preocupação se concentra no pós-inundação.

Para o engenheiro agrônomo da Epagri de Araranguá Renê Kleveston o agravante é o lodo que gruda nas folhas. Com a incidência do sol, a combinação “cozinha” a folha.

— O tempo de permanência dessa água parada nas plantações também é um mau sinal. Acredito que o nível baixe só na quarta-feira. O mínimo de perda nessas lavouras será de 30%, e na safra, creio que a quebra chegue a 50% — estimou.

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