Na Expoagro Afubra, Dia do Arroz enfatiza o manejo para altas produtividades

 Na Expoagro Afubra, Dia do Arroz enfatiza o manejo para altas produtividades

Ricardo Tatsch e Pedro Hamann comandam a equipe do Irga na Expoagro

A equipe optou por manejos visuais bem didáticos para demonstrar aos agricultores resultados de técnicas aplicadas para a nutrição das plantas e o controle de invasoras.

Buscar a rentabilidade da lavoura por meio de uma gestão eficiente do manejo para altas produtividades é um dos desafios da orizicultura gaúcha. Com esse enfoque, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentará nesta quarta-feira (26), na 19ª Expoagro Afubra, tecnologias cuja adoção poderá fazer a diferença entre o lucro e o prejuízo na atividade. Três estações de arroz e uma de soja, cultura alternativa em rotação, fazem parte da programação do Dia do Arroz, tradicional ponto de encontro anual dos pesquisadores, extensionistas e rizicultores da Região Central gaúcha no evento do Parque de Exposições de Rincão del Rey, em Rio Pardo (RS).

A primeira estação apresentará o manejo de fertilização por variedade. “Apresentaremos a curva de resposta dos níveis de adubação por cultivar, o que afeta o manejo das lavouras tanto do ponto de vista agronômico quanto econômico, pois demonstra o grau de resposta de cada variedade ao uso do fertilizante para os produtores”, explica Pedro Hamann, coordenador regional do Irga na Região Central gaúcha. Segundo ele, a equipe optou por manejos visuais bem didáticos para demonstrar aos agricultores visitantes os resultados de técnicas aplicadas tanto para a nutrição das plantas quanto para o controle de invasoras.

A segunda estação apresentará três tipos de manejo de herbicidas para o controle de plantas daninhas, com o uso de pré e pós emergentes. “Os resultados são evidentes, de forte impacto visual, em especial quando se trata de invasoras resistentes a herbicidas”, acrescenta o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Irga em Rio Pardo.

Técnicos do Irga apresentarão as recomendações do Projeto Soja 6000, que preconiza o melhor manejo da oleaginosa em terras arrozeiras. “Vamos abordar a importância de administrar bem o sistema de rotação entre soja e arroz, a escolha das variedades, estrutura de solos, drenagem e o manejo de herbicidas para evitar os escapes de plantas daninhas resistentes do arroz”, explica Tatsch. A quarta estação será a apresentação das cultivares do Irga e suas diferentes características como ciclo, qualidade de grãos manejadas conforme preconizado pelo Projeto 10+, que visa uma produtividade superior a 10 toneladas por hectare com redução de custos e geração de maior renda aos rizicultores.

FATOR LOCAL

Em Rio Pardo foram cultivados 8.550 hectares de arroz na temporada 2018/19 e a colheita já alcançou um terço da área. A expectativa de produtividade média é de R$ 7.400 quilos por hectare. Na região são 34 municípios que somam 135 mil hectares plantados. A produtividade deverá ficar abaixo de 7.300 quilos de média.

“Tivemos áreas com enchentes e baixa ensolação em janeiro e as primeiras áreas colhidas apresentaram médias de 10% a 15% mais baixas que no ano passado, quando a colheita alcançou média de 7.700 quilos”, explica Pedro Hamann. A região tem 42 mil hectares de soja plantados em terras baixas. O Rio Grande do Sul deve colher quase 1 milhão de hectares de arroz nesta temporada, pouco abaixo de 7,5 milhões de toneladas. O estado é responsável por quase 70% da colheita nacional do grão.

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