No RS, chuva causa estragos nas lavouras de soja e arroz

Em alguns casos, o prejuízo é total e lavouras inteiras estão submersas. Só em Rio Pardo, na região central, o prejuízo chega a R$ 70 milhões..

O que parece um açude, na verdade, são 30 hectares de lavoura de soja embaixo d’água. Ao todo, 40 mil hectares foram plantados em Rio Pardo, região central do Rio Grande do Sul. A estimativa é que 30% da produção esteja perdida.

De domingo para segunda choveu mais de 220 milímetros, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia, a maior precipitação em 26 anos. O Rio Jacuí, que corta o município, está quatro metros acima do normal e deve continuar subindo.

Em uma lavoura de arroz, plantada há 20 dias, a área estava em fase de irrigação e deveria permanecer assim até fevereiro, mas com a chuva, o volume de água aumentou depressa e as taipas foram rompidas. O solo fertilizado foi levado com a força da água.

Mesmo quem deixou para plantar mais tarde deve sofrer com a cheia. O técnico do Instituto Riograndense do Arroz, Alessandro Queiroz, diz que o trabalho só poderá ser retomado na próxima semana, com o solo seco. “Cerca de 45% da área ainda não foi plantada, então vão plantar só depois do 20 de novembro. A partir daí, não é época preferencial de plantio do arroz e a produtivdade cai", explica.

Só em Rio Pardo, a prefeitura calcula um prejuízo de R$ 70 milhões somando as perdas na agricultura e os danos nas estradas da zona rural. O município decretou situação de emergência.

A falta de energia elétrica também causou prejuízos. Em uma propriedade em Relvado, também na região central, 500 litros de leite precisaram ser jogados fora. Além disso, 80% dos criadores de frango foram atingidos pelo granizo. Telhados de aviários foram quebrados e cerca de 1,5 mil pintos morreram.

6 Comentários

  • E agora vão chamar a imprensa de CORVO ou URUBU também por divulgarem as calamidades que assolaram o Estado??? Olhem no meu facebook está lá para quem quiser ver o tamanho da enchente do Rio Toropi… Eu só tinha visto ele uma vez desse tamanho até hoje… Vamos ver se o governo vai ajudar aqueles que perderam tudo!!!

  • Para os que evocaram a mãe Dinah para a conversa, gostaria que viesse conversar sobre a notícia. Afinal, notícia não mais é previsão!

  • Em Cachoeira do Sul a chuva variou de 180 a 270 mm. 30% da área arroz de Cachoeira é Pré germinado. Tudo embaixo d’água. Irui, Piquiri, Capané, Capanezinho, Irapuá, Santa Bárbara, Vacacaí e Jacui com enchentes recordes. Estamos em 15 de novembro. As previsões indicam mais chuvas pela frente. Replantio provavelmente em dezembro. ISTO É FATO. Quem entende de produção de arroz sabe o que significa isto. Furacões destruindo lavouras das Filipinas e Vietnam. Acho estranho que estas notícias não ganham a grande mídia!

  • A indústria, seus agentes e comerciantes em seus escritórios tem tempo bastante para acessarem as informações do IRGA ,CONAB, IBGE e etc. que colocam informações na mídia que não condizem com a realidade do campo e da lavoura com a finalidade tumultuar o mercado, pois ele é feito de boatos dissociados da realidade, reagem de forma agressiva e ofensiva a quem expõe a realidade de quem realmente produz e procura relatar as dificuldades de produzir e dizer a verdade.

  • Lamentável a situaçao. Mas estas perdas nao servirão para enxugar a oferta de produto no Brasil. Sem silagem em numero adequado tambem não haverá preservação de preços.tanto falam da soja na varzea..dá lucro sim; mas na varzea conforme a noticia acima, inunda do mesmo jeito.
    Tambem não há como perseguir a rentabilidade com os impostos matando todo mundo asfixiado. Os paise vizinhos tem menos impostos e tambem funcionam aqui dentro como instrumentos de asfixia.
    Se não forem pra cima do governo..nada feito.

  • pobre dos produtores, pois v~a~o ficar esperando ajuda do governo,virao apenas promessas de um ano eleitoral…

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