Nova Fenarroz terá noz, soja e oliva

 Nova Fenarroz terá noz, soja e oliva

Feira Nacional ganha novo perfil a partir de 2020

Foco no arroz, mas com atenção às novas frentes.

A Fenarroz do futuro vai abraçar outras culturas. Depois do corajoso anúncio de transformar a feira em um evento anual, o presidente Francisco de Paula Vargas Júnior revelou a intenção de expandir o foco para envolver outras áreas do agronegócio. Assim, a soja, que já esteve presente na última edição, ganhará mais espaço, e também haverá a inclusão de culturas com destaque econômico na cidade, caso da noz-pecã e das olivas. A decisão atende a um pleito comunitário que já vinha sendo levantado nas últimas edições, justamente o de ampliar o horizonte da feira.

“Nós temos duas vice-presidências hoje, de arroz e de pecuária. Estamos reorganizando a executiva. Quero convidar nomes para assumir novas vice-presidências, da soja, nozes e olivas. Vamos nos espichar, temos de dar espaço a essas culturas que estão crescendo”, afirma o presidente Francisco. Segundo ele, ainda não foram contatados nomes para assumir estes cargos, que são voluntários. A busca, contudo, deve iniciar em breve.

A ampliação de culturas na feira deve impactar tanto na atração de novos expositores como na ampliação da programação técnica, enfatiza Francisco. O presidente diz saber que é possível sofrer um “baque” em 2021, com um evento menor em atração de expositores por ser a primeira edição no formato anual. “Nós estamos desbravando e vamos lutar para não perdermos espaço. O importante é que temos que pensar grande”, comentou.

RISCOS – Francisco sabe dos riscos inerentes à decisão de se tornar anual, especialmente porque a Fenarroz passará a competir por apoio e patrocínios com a Expoarroz, promovida em Pelotas. Além de ampliar as vice-presidências para o setor produtivo, a área social, com o fim do concurso para a corte, deve ser reduzida ou até mesmo extinta. O presidente garantiu que o espaço da feira de agricultura familiar será mantido na Fenarroz, especialmente porque percebe aqueles estandes com potencial para a circulação da população cachoeirense, que costuma prestigiar os pequenos produtores.

UMA PERGUNTA

E a profissionalização da feira?

O presidente Francisco explica que devido às dívidas elevadas da feira, que chegam próximo de R$ 800 mil, a profissionalização do evento, com a contratação de empresa especializada para seu gerenciamento, ainda não acontecerá. “Nossa situação financeira impede a contratação de uma empresa, mas talvez dentro de duas ou três edições isso seja possível”, avalia. A Fenarroz tem uma equipe enxuta, apenas um diretor comercial, zelador e um funcionário administrativo, além de terceirizar serviços como marketing, assessoria de imprensa e contadoria. Também são feitos contratos terceirizados para serviços de manutenção do parque.

ATENÇÃO

A Fenarroz não deverá alterar seus valores de aluguel para expositores no evento do ano que vem. Os maiores expositores da feira chegam a pagar em torno de R$ 30 mil por espaços na feira. O valor é de acordo com o tamanho do terreno ocupado na área externa ou dentro do parque. Este seria o valor pago por empresas que ocupam até quatro lotes na área externa, para exposição de colheitadeiras, por exemplo, e pelos principais expositores do pavilhão no primeiro andar, onde ficam as gigantes da área tecnológica.

IMPORTANTE

Uma proposta que, segundo o presidente, foi feita pelo prefeito Sérgio Ghignatti e que poderia ajudar futuramente a Fenarroz é a de isenção de IPTU através de lei municipal. “Isso foi tocado no final do ano passado, mas acabou ficando só na conversa. Nós conversamos com vereadores e nos disseram que seriam parceiros caso uma proposta fosse enviada. A Fenarroz é uma entidade sem fins lucrativos e paga um IPTU altíssimo e descabível, sendo que sempre presta um serviço social de receber os desabrigados da enchente”, exemplificou Francisco.

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