Novas referências nos preços mundiais

 Novas referências nos preços mundiais

Índice de preços mundiais da FAO sobe, mas ainda fica abaixo de 2018.

 Após ligeira recuperação de 0,7% em dezembro de 2018, o Índice Mundial de Preços do Arroz da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – FAO (2002-04 = 100) alcançou 220,1 pontos em janeiro de 2019. Nesse nível, o indice ficou 1,8% acima do valor de dezembro, mas ainda 1,7% abaixo dos níveis registrados um ano antes.

O índice é formado pelo comportamento de quatro variedades globais, Japônica, Aromática e Índica de baixa e de alta qualidade.

Segundo o relatório mensal, assinado pela economista senior Shirley Mustafa, o aumento do índice de janeiro foi liderado por um avanço de 4,1% nos preços do Japônica. Estes foram impulsionados por uma série de propostas de importação asiáticas, lançadas no contexto da redução das disponibilidades de exportação e fraca perspectiva de produção para a Austrália, atingida por forte período de seca.

O índice Aromatica também subiu em janeiro, ajudando a fortalecer o indicador, embora o interesse de compra moderado tenha limitado o ganho cambial neste segmento para cerca de 1,2%. Por outro lado, um ritmo moderado de comércio manteve os índices indianos ligeiramente mais fracos pelo segundo mês consecutivo.

Os preços tailandeses se fortaleceram durante janeiro em conjunto com uma nova apreciação Baht. Depois de registrar baixas de 26 meses em dezembro, as ações paquistanesas também registraram uma recuperação modesta nas vendas do leste da África. Enquanto isso, um ritmo acelerado de aquisições domésticas públicas e um progresso lento nas plantações de Rabi aumentaram as ofertas do Índica.

Por outro lado, a escassez de novas vendas e perspectivas promissoras para a iminente safra de inverno de 2019 fez com que os preços no Vietnã caíssem 7% para o nível mais baixo desde maio de 2017.

O tom também era pessimista no Camboja e em Mianmar, onde as notícias da introdução de medidas de salvaguarda pela União Europeia contra as importações Índica desses países pesou negativamente.

Nas Américas, os acordos com compradores latino-americanos sustentaram cotações do Índica nos Estados Unidos, enquanto a fraca demanda manteve valores estáveis no Brasil e no Uruguai, ou diminuiu um pouco, como no caso da Argentina, apesar da disponibilidade e das perspectivas sazonalmente apertadas para as próximas safras de 2019 nesses países. Confira o índice na nossa área de downloads.

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