Novas variedades de arroz obtêm produtividade acima de 10 mil quilos por hectare

As variedades IRGA 423 e IRGA 424 foram desenvolvidas pela equipe técnica da Instituição, com características específicas para o aumento dos rendimentos da lavoura e para as regiões mais frias do estado.

As novas cultivares que o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentou oficialmente em março alcançaram produtividade elevada em áreas experimentais nesta safra. As variedades IRGA 423 e IRGA 424 foram desenvolvidas pela equipe técnica da Instituição, com características específicas para o aumento dos rendimentos da lavoura e para as regiões mais frias do estado.

Segundo Sérgio Gindri, chefe da equipe de melhoramento da Autarquia, a cultivar IRGA 423 surgiu como alternativa para precocidade, pois completa o ciclo da cultura antes que as demais e por obter alta qualidade dos grãos.

– No primeiro teste de campo com produtores da Fronteira Oeste, ela mostrou excelente desempenho em produtividade, ultrapassando a barreira de 10 mil quilos por hectare – afirma.

Em uma das lavouras experimentais em Uruguaiana, um produtor alcançou produtividade de 12,6 mil quilos por hectare, quase o dobro da média estadual desta safra.

– A cultivar mostrou tolerância à toxidez por excesso de ferro no solo e resistência a brusone, que foram as outras duas características que levaram ao seu desenvolvimento – diz.

Já a IRGA 424, especialmente produzida para as regiões mais frias do estado, como a Zona Sul e a Campanha, destacou-se em produtividade e qualidade dos grãos. Esta cultivar foi a primeira desenvolvida pelo programa de melhoramento genético do Irga na Estação Regional de Santa Vitória do Palmar, onde mostrou desempenho superior nos ensaios de rendimento local e estadual.

Conforme os agrônomos do Irga Antonio Rosso e Renata da Cruz, os produtores da Zona Sul ficaram entusiasmados com o desempenho da nova cultivar, que além de ser mais uma opção de material genético para esta região, também mostrou a viabilidade técnica de obtenção de altas produtividades. Os rendimentos médios da variedade chegaram a 11,5 mil quilos por hectare e, em Bagé, um produtor alcançou 13,5 mil quilos por hectare.

As atividades de pesquisa na Estação Regional de Santa Vitória iniciaram em 1993, quando foi realizado o primeiro cruzamento que deu origem a cultivar IRGA 424.

– Após 14 anos de trabalho de pesquisa e desenvolvimento, os produtores das regiões sulinas do Rio Grande do Sul têm nas mãos um produto de alto valor agregado e genuinamente gaúcho, que certamente levará mais otimismo ao setor produtivo – finaliza Gindri.

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