Novo plano agrícola deve fortalecer plantio de arroz e feijão, diz Stephanes

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) colocará, inicialmente, R$ 1 bilhão em créditos voltados para essa recuperação, com o cuidado de se preservar o meio ambiente.

O novo plano agrícola e pecuário, a ser anunciado oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 2 de julho, deverá favorecer principalmente a expansão do cultivo do arroz, feijão, trigo e milho. A afirmação foi feita hoje (24) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ao participar do seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2008 e 2009.

Stephanes disse que, embora “não seja uma commodity [produto com cotação em bolsas de valores], o arroz é o terceiro cereal mais consumido no mundo, com uma produção mundial de 500 milhões de toneladas, das quais apenas 25 milhões são comercializadas internacionalmente e quando há uma quebra de safra, mesmo pequena, isso acaba pressionando os preços do grão”.

Sobre o trigo, o ministro destacou a necessidade de obtenção de um ganho em transporte, já que, diante da instabilidade do fornecimento do produto pela Argentina, o Brasil precisou recorrer à importação de mercados mais distantes, como o Canadá, onerando o preço.

Quanto ao feijão, ressaltou que, por ser uma cultura de ciclos curtos, em torno de 90 dias, “há uma volatilidade grande”, e é preciso manter as etapas de quatro colheitas. Para estimular o produtor, o governo usará a estratégia de garantia de preços mínimos e, para o equilíbrio da oferta e procura, lançará mão dos estoques reguladores.

Segundo Stephanes, o governo pretende recuperar áreas de pastagens degradadas e voltar ao nível de três anos atrás em área plantada, passando dos atuais 45 milhões para 48 milhões de hectares. O ministro salientou que a região de cerrado do Centro-Oeste é a que tem “maior potencial para crescer”. De acordo com cálculos do ministro, em todo o país, poderiam ser incorporados à agricultura comercial cerca de 100 milhões de hectares.

Stephanes considera os recursos estimados para a próxima safra, R$ 65 bilhões, suficientes para aumentar a produção de forma a suprir a demanda do mercado interno e gerar excedentes para exportação.

Ele informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) colocará, inicialmente, R$ 1 bilhão em créditos voltados para essa recuperação, com o cuidado de se preservar o meio ambiente.

– É uma espécie de troca em que não é preciso derrubar árvores, mas preservar o que já temos.

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