Nutracêutico ou funcional?

 Nutracêutico ou funcional?

O arroz vai bem com qualquer acompanhamento

O arroz e seus derivados estão entre os alimentos que proporcionam benefícios à saúde
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É cada vez maior o número de pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida através de bons hábitos alimentares e da prática de exercícios físicos. Há alimentos que reduzem o colesterol ruim, que diminuem a pressão arterial e que previnem contra doenças cardiovasculares, entre outras funcionalidades. Nesta categoria podem ser incluídos os alimentos funcionais e os nutracêuticos, dois conceitos distintos que geralmente são confundidos pela maioria das pessoas. Muitos colocam alimentos funcionais como sinônimos de nutracêuticos, mas não há consenso.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “o alimento ou ingrediente funcional é o que, além de funções nutricionais básicas, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica”. Já a expressão nutracêutico foi cunhada pela Fundation for Innovation in Medicine, dos Estados Unidos, em 1990 para nominar uma nova área de pesquisas biomédicas e desde então se tornou parte do léxico padrão da comunidade médico-científica e das indústrias de alimentos e drogas. O termo vem de “nutri”, nutriente, e “cêutico”, de farmacêutico, ou seja, alimentos que nutrem e trazem saúde.

Cleusa Amaral, nutricionista do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), explica que o alvo dos nutracêuticos é significativamente diferente dos alimentos funcionais por várias razões, uma delas é a prevenção e o tratamento de doenças. “Enquanto os alimentos funcionais são aqueles que ingeridos sob a forma natural trazem benefícios à saúde, os nutracêuticos são a parte funcional do alimento, que foi isolada e transformada em cápsula com o intuito de suplementação”, distingue.

Conforme Cleusa Amaral, o conceito de alimento nutracêutico pode abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de cápsulas, produtos projetados, herbais e alimentos processados até sopas, bebidas e cereais. “Outro exemplo são os produtos dietéticos que apresentam um menor percentual de açúcares na sua composição, prevenindo assim o surgimento de diabetes”, acrescenta.

A definição mais comumente aceita pela comunidade científica é que os nutracêuticos são substâncias que ainda não foram classificadas como alimento nem como remédio, pois não são somente nutrientes, mas também não são medicamentos. Neste caso, podem ser nutrientes tradicionais, como vitaminas, sais minerais, aminoácidos ou ácidos graxos poli-insaturados, mas também não nutrientes, como as fibras.

Por outro lado, todo alimento natural (aquele que não foi processado industrialmente) pode ser classificado como “funcional”, já que contém, em doses variáveis, componentes essenciais à nossa saúde, como vitaminas, minerais, enzimas, fibras, etc. Porém, certos alimentos contêm, além destes, outros componentes com grande capacidade protetora da saúde, como é o caso do arroz integral e do parboilizado, assim como os farelos de arroz, soja e trigo. A soja também é considerada um alimento funcional, pois além da proteína, é rica em isoflavona, que combate os efeitos da menopausa.

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