O gosto do freguês
Formosa, 406 curto e Bojuru são as variedades que predominam
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Nas lavouras de arroz japônico do Rio Grande do Sul predominam as variedades IAS 12-9 Formosa (único grão curto de domínio público), 406 (mantida em maior escala no Uruguai) e BRS Bojuru, lançada em 1997 pela Embrapa, através de melhoramento realizado pelo pesquisador Arlei Terres. A Bojuru nasceu no rastro da tendência de melhora do mercado japônico e exploração de nichos especiais.
Segundo o seu idealiza dor, Arlei Terres, trata-se de uma variedade com boa tolerância ao frio e à salinidade na fase reprodutiva. "O nome se originou porque na região de Bojuru, perto de Pelotas (RS), há muito deste problema de salinidade nas águas da lagoa", afirmou. A variedade, no entanto, não é pública. Tem registro protegido e só pode ser produzida em parceria com o setor de ne gócios tecnológicos da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas.
Entre suas características desejáveis, o grão tem baixo teor de amilose (menos de 20%). "É um grão bem pegajoso, bom para comer com palitos", frisou. A variedade Bojuru pode produzir até nove quilos por hectare a campo, desde que conduzida com manejo adequado.
FICHA TÉCNICA
Características
PRODUTIVIDADE
Até nove mil quilos por hectare
CLICLO
130 dias da emergência à maturação (longo)
TOLERÂNCIAS
Boa tolerância à salinidade, ao frio, a alto nível de adubação nitrogenada em cobertura e à brusone
Moderada tolerância ao acamamento
Variedade semi-aristada e pilosa
ALTURA MÉDIA
Um metro
GRÃO
Curto e liso
CENÁRIO
As pesquisas da Embrapa Terras Baixas
Variedades japônicas
Objetivo
Buscam atender aos nichos de m ercado das colónias asiáca s e o futuro atendimento da demanda chinesa. Um dos destaqu es da pesquisa é a variedade Mochi.
O QUE É
Trata-se de um arroz glutinoso, completamente gessado e com pou ca presença de amilose.
A PESQUISA
Pesquisa está sendo dirigida com plantas em cruzamentos com outras variedades japônicas ou agulhinha.
DESTINO
Destinado à fabricação de saque. Há pesquisa com mais variedades japônicas.
AROMÁTICO
O QUE É
Variedade do Oriente Médio, destinada ao mercado muçulmano. Variedades estão sendo pesquisadas, mas o mercado é restrito. Os maiores consumidores são a Índia e o Paquistão.
DESTINO
O arroz aromático é usado principalmente em finas cerimónias religiosas, celebrações e casamentos. Os árabes pagam o equivalente a até quatro vezes o preço do agulhinha no mercado internacional.
PESQUISA
Dispõe-se de pesquisas do Jasmine em vários cruzamentos e do Delmont (em modo agulhinha). A pesquisa é conduzida com dificuldade porque há produtos muito sensíveis. Anualmente são avaliados vários cruzamentos.
PARTICULARIDADE
A peculiaridade do aromático é exalar um cheiro de pipoca quando está sendo preparado. O disponível no mercado nacional é importado.
ARBÓREO
OBJETIVO
É um arroz destinado a atender o mercado italiano. O produto é especial para risotos e tem a característica de crescer e ficar inteiro al dente.
PESQUISA
Algumas variedades já estão sendo plantadas na Embrapa e do Irga. O que está no mercado nacional é importado.
SELVAGEM
Um primo longínquo do arroz. É da família Sizânia. Produto natural do Canadá, norte da China e dos Estados Unidos, o arroz selvagem costuma ser colhido em situação natural, quando debulha nos pântanos e lagos onde se origina. Não é plantada, pois ao debulhar e ser coletado acaba quebrando a sua capacidade de reprodução.