O mundo do arroz em debate no Congresso Brasileiro de Economia Orizícola

Congresso Brasileiro de Economia Orizícola começa nesta quarta-feira 25 em Porto Alegre para debater o arroz no mundo.

Os grandes desafios da orizicultura do Brasil, da América Latina e do Caribe estarão em debate em Porto Alegre nestas quarta, quinta e sexta-feira, quando o Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) promoverá o VI Congresso Brasileiro e o I Congresso Latino Americano de Economia, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael.

O evento será palco de importantes discussões sobre acordos entre blocos econômicos como a Alca, Mercosul x União Européia e a revisão no atual sistema de produção de arroz no Mercosul para o mercado brasileiro. Na verdade, além de analisar dados atualizados sobre a economia orizícola no Brasil, no continente e no mundo, o Irga está propondo o estabelecimento de metas e um planejamento estratégico para a orizicultura do hemisfério.

O evento ganha grande impacto político por integrar a programação oficial do Ano Internacional do Arroz da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e por ser reeditado depois de 23 anos. Os cenários que estão sendo propostos para o Brasil a partir da redução drástica dos estoques mundiais de arroz e dos novos acordos comerciais entre os Estados Unidos e países das Américas também serão temas debatidos.

O Brasil pretende atingir sua auto-suficiência na produção do cereal e concorrer no mercado mundial com seus excedentes a curto e médio prazos. Ainda na questão Alca, a consolidação do arroz norte-americano na América Central, Caribe e alguns países da América do Sul é um tema considerado preocupante para os interesses brasileiros.

O México é considerado um exemplo das precauções que o Brasil deve tomar. Graças à concorrência desleal de produto subsidiado norte-americano, o México viu cair 70% de sua produção em oito anos e passou a depender basicamente destas importações. O presidente do Irga, Pery Sperotto Coelho, considera que o congresso será o momento da cadeia produtiva brasileira discutir seus rumos, bem como tomar ciência do que ocorre pelo mundo inteiro em termos de orizicultura.

“Será um debate franco, onde serão mostrados e projetados os principais cenários do Brasil, do Mercosul, das Américas e do mundo na atualidade e no futuro”, afirmou o dirigente. Segundo ele, esta será uma oportunidade singular para que a cadeia produtiva obtenha informações importantes para projetar novos horizontes. O evento acontece no exato momento que os produtores brasileiros querem estabelecer cotas mínimas para entrada de arroz do Mercosul no país.

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