O mundo do arroz sob nova perspectiva

“Vamos ver se o arrozeiro é resiliente”

Que nenhuma safra é igual à outra, todos sabemos. Mas o que diferencia esta que se encerra no Sul do Brasil — e, em julho, em todo o país — é uma mudança radical na expectativa de preços. Em menos de cinco meses, os valores caíram 25%, enquanto os custos aumentaram para a colheita recém-encerrada.

Em 2020, previa-se um cenário semelhante, mas, ainda em fevereiro, a pandemia global de covid-19 virou o mundo de cabeça para baixo e alterou completamente as projeções. Seus reflexos perduraram até o fim de 2024 por dois fatores decisivos: a disparada da inflação global — impulsionada pela demanda de pânico por alimentos, que elevou os preços e os fretes mundiais — e as restrições de exportação impostas pela Índia, maior fornecedor global, que buscou proteger-se da alta nos preços internos e garantir o abastecimento para sua população, a maior do planeta.

A volta à normalidade no comércio indiano, aliada à superoferta global — resultado de safras maiores, clima mais favorável e aumento de área cultivada, estimulada pelos bons preços dos últimos cinco anos — agora cobra o seu preço. E é neste momento que o produtor de arroz precisará demonstrar sua verdadeira resiliência. Não frente ao clima, mas diante de um mercado que, nos últimos 25 anos, já retirou mais de 10 mil arrozeiros dos sistemas de produção. Esse é o grande desafio.

Parte dessa história a Planeta Arroz resume nesta edição, afinal, estamos completando 25 anos acompanhando passo a passo cada uma das informações da orizicultura gaúcha, brasileira, do Mercosul e mundial.

Boa leitura!

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter