Ordem do Governo
União e Estado vão incentivar o plantio do cereal na metade sul
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Os governos da União e do Estado vão incentivar a adoção da cultura do milho nas várzeas do Rio Grande do Sul, principalmente na metade sul. A idéia e aproveitar áreas de pousio, para quem ainda planta pelo método convencional, ou terras mais atacadas pelo arroz vermelho, e gerar maior rentabilidade e produtividade tanto no milho quanta no arroz.
O plano do Governo gaúcho e fazer com que o Rio Grande do Sul aumente em até 775 mil toneladas, ocupando uma área de 155 mil hectares até o ano de 2003.
A produção histórica de milho no estado e de 4,5 milhões de toneladas.
A ampliação no cultivo do milho no Rio Grande do Sul pretende acabar com a dependência das importações do cereal, que chegam a 1,8 milhão de toneladas por ano. A economia para o Rio Grande do Sul poderá chegar a R$ 190 milhões ao ano, valor gasto com as importações. Alem disso, o produto ira garantir o abastecimento das áreas de suinocultura e avicultura, onde o milho e responsável por mais de 60% da ração.
Como convencer o produtor
A tarefa do Governo não será facilitada. Além do incentivo, existe toda uma propaganda forte que terá de ser feita para mudar a cultura agrícola do estado. O leitor pode fazer o seu próprio julgamento. Aqui estão de forma sucinta as vantagens e desvantagens do milho em várzea.
VANTAGENS
– Maior produtividade na lavoura de arroz
– O produtor dilui o seu risco plantando mais de uma cultura
– Menor ociosidade da mãodeobra e dos equipamentos
– Mercado certo, alta liquidez
– Redução dos inços, pragas e doenças na área
DESVANTAGENS
– Necessidade de investimentos em drenagem no perfil do solo
– É preciso investir em correção do solo e adubação
– Irrigação por inundação e inviável, o que obriga a montagem de uma de irrigação por aspersão
– Variedades não tem grande tolerância ao estresse hídrico (saturação do solo pela umidade)
– Custo de produção 30% maior do que na coxilha
– É preciso adquirir plantadeira e plataforma para colher
– Aumento do custo praticamente exclui o arrendatário, que responde por 70% da lavoura gaúcha de arroz
Fonte: Glênio Altenbernd e Arquivo JP