Orizicultura/FCO: Fundo vai priorizar estocagem

A falta de estrutura de armazenagem de arroz é um dos principais gargalos da cultura no Mato Grosso.

Os recursos estaduais no Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO/Rural) estarão neste ano focados em projetos de estocagem e armazenagem do arroz mato-grossense. Dos cerca de R$ 235 milhões para projetos rurais do FCO/MT, R$ 60 milhões deverão ser priorizados para atender esta demanda. A meta é dar condições para o orizicultor segurar a produção em momentos de baixa no mercado, como o atual. Na última semana a saca do arroz chegou a ser cotada por R$ 9, enquanto seu custo de produção chega a R$ 26, no Norte do Estado.

A ordem de priorização foi expedida na última segunda-feira, dia 9, pelo secretário de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Seder), Otaviano Pivetta, que assinou, como presidente do Conselho de Desenvolvimento Agrícola de Mato Grosso (CDA), do qual é presidente, a resolução número 002/2005.

NOVIDADES – Dentro de 30 dias o Banco do Brasil vai apresentar um novo estudo para aplicação do FCO em Mato Grosso. O objetivo é facilitar o acesso ao pequeno produtor ao crédito e também atender a demandas que vislumbrem agregação de valor à produção primária. A garantia foi dada pelo presidente da Banco, Rossano Maranhão, em reunião ocorrida anteontem, em Brasília, com o governador Blairo Maggi e os secretários Otaviano Pivetta (Desenvolvimento Rural) e Alexandre Furlan (Indústria e Comércio).

Furlan conta que entre as demandas para agregação de valor estão incluídos projetos de avicultura. “Noventa e nove por cento desses projetos sempre são realizados em parceria com grandes indústrias, como Sadia, Perdigão. Não se pode mais tratar este segmento com exigências que restringem o acesso ao crédito. Em regime de parceria não há riscos, a produção tem mercado e exigir garantias de 130% é impraticável”, argumenta.

O secretário disse ainda que durante a reunião em Brasília, os representantes mato-grossenses apontaram a falta de capilaridade do Banco do Brasil. “Existem 23 municípios do Estado que não têm agências do Banco, ou seja, como ele é o agente oficial de fomento via FCO, muitos produtores e empresários estão sem poder pleitear estes recursos. Nossa sugestão é de que o Sicredi passe a operar o Fundo, pois nessas cidades existem agências da cooperativa”.

Com relação às necessidades específicas do setor empresarial, Furlan cobrou mais agilidade no processo de análise. “Cerca de R$ 70 milhões foram devolvidos, tivemos demandas, mas os prazos de análise se estenderam, perdemos empresas com isso”. Para este ano, segundo Furlan, o FCO/MT tem cerca de R$ 480 milhões, sendo 50% para rural e 50% para o empresarial.

O governo de Mato Grosso propôs ao presidente do Banco ações para atender aos objetivos constitucionais do Fundo nas operações de crédito para mini, pequenos e médios produtores rurais de Mato Grosso.

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