Os novos rumos do arroz
Agenda da orizicultura é pautada pela Abertura Oficial da Colheita do Arroz
Os novos rumos do sistema de produção em terras baixas, com foco principal no arroz, serão debatidos e apresentados do ponto de vista tecnológico, produtivo e de mercados na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS) durante a 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. Nesta edição, a terceira consecutiva no mesmo espaço, o tradicional evento promovido pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) recobre-se de especial importância e ganha o complemento: “e grãos em terras baixas”, um vez que a orizicultura incorporou soja, milho, pastagens e cultivos de inverno com a modernização de seu sistema de produção.
“Estamos vencendo rapidamente um grande obstáculo, que era o conceito de que só o arroz produzia nas várzeas. Hoje, com o avanço tecnológico, a coragem dos produtores e o melhor entendimento do ambiente de produção, além da necessidade econômica, o arroz é parte de um grande sistema de produção de alimentos que se tornou a nossa receita em busca da sustentabilidade ambiental, econômica e social, com importante repercussão nos mais de 150 municípios produtores”, explica Alexandre Velho, presidente da Federarroz. “Não é por acaso que o tema central desta edição da Abertura da Colheita será “os novos rumos do sistema de produção em terras baixas, com foco principal no arroz”. Segundo Velho, o tema foi definido em sintonia com a realidade e os desafios da lavoura.
O dirigente explica que o evento, o principal do segmento produtivo arrozeiro no Brasil, que apresenta cada vez maior diversidade e atrações, busca pautar a agenda da orizicultura ao longo do ano, debater os grandes temas e estabelecer uma linha de ação institucional em busca de soluções e proposições para que a cultura do arroz – e associadas – continuem evoluindo. Em função da pandemia de Covid-19, porém, algumas mudanças estruturais foram necessárias. A Federarroz precisou apresentar protocolos de segurança que foram aprovadas pelo Governo do Rio Grande do Sul e pela Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul).
“Não estamos descuidando do momento, tanto que iremos promover um evento híbrido, com parte da programação digital e outra parte presencial”, explica. As tradicionais caravanas de produtores estão proibidas, nem haverá visitação em grupos pelas lavouras e vitrines. “A intenção é intensificar a participação pelo meio digital. Teremos farto material produzido na internet, transmissão de palestras e debates e isso possibilitará acompanhar o evento com segurança e com maior alcance”, reconhece.