Panorama positivo

 Panorama positivo

Analistas projetam maior
estabilidade de preços
e das margens de rentabilidade
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Os analistas de mercado de arroz acreditam que o ano comercial 2015/16, que começa em março, manterá as bases de 2014/15 e cotações sustentadas para o cereal em casca. Para Carlos Cogo, os baixos estoques de passagem projetados, juntamente com a alta do dólar, devem propiciar maior firmeza aos preços durante a próxima colheita, que se inicia neste primeiro trimestre.

Para 2014/15, a produção brasileira deve crescer apenas 0,6%, para 12,19 milhões de toneladas, pouco acima do consumo interno, de 12 milhões de toneladas. Confirmados esses números e considerando importações e exportações em níveis similares aos da atual safra, os estoques finais em 2014/2015 devem ficar em torno de 800 mil toneladas, o menor dos últimos 17 anos. O conjunto destes fatores – quadro de oferta e demanda ajustado, dólar mais alto e baixos estoques – propicia bons preços no mercado interno.

Na safra 2014/2015 os estoques estatais de arroz serão os mais baixos desde o ano de 2004 – a tendência é de zeramento em 2015. “Isso dará início a uma nova etapa para o mercado arrozeiro. Sem estoques, restará ao governo uma arma muito usada nestes últimos anos, especialmente para o trigo, que é zerar a tarifa externa comum (TEC) e facilitar as compras de arroz asiático, cujos preços, aliás, não param de cair desde meados de 2014”, avisa.

Ricardo Pinzón, analista da Safras & Mercado, considera que basicamente os fatores mais relevantes para que os preços pagos ao produtor se mantenham estáveis, e até com leve aquecimento, ao longo de 2014/15 são a inflação dos insumos de produção, os salários e a variação cambial. Esses três fatores ponderam o preço do arroz no Brasil ao longo de 2015.

No seu entendimento, o setor conseguiu repassar os custos no produto final sem afetar a demanda, o que elevou os preços do grão ao longo do ano. Para Pinzón, o fator que mantém o preço do produto baixo é o dólar. “No mundo todo o dólar se valoriza em função do petróleo, da crise no Brasil, Rússia e União Europeia, mas o preço do arroz no mercado internacional, em janeiro, está quase 29% menor do que o observado no mesmo período em 2014 por causa da oferta em alta e do tamanho dos estoques mundiais. O mercado interno está protegido enquanto o dólar estiver no patamar atual ou maior”, avisa.

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