Paraguai prepara exportação à Colômbia

 Paraguai prepara exportação à Colômbia

Heinsecke: mais mercados

Com o mercado brasileiro inviável, praticando preços abaixo de US$ 11,00 por saca, vizinhos buscam novos clientes.

Sem a demanda brasileira nos volumes em que esperava ao longo da temporada comercial 2015/16, pela diferença no câmbio que mantém a saca de arroz de 50 quilos em casca abaixo de US$ 11,00, o Paraguai não teve alternativa e está buscando novos mercados para o seu excedente.

O arroz guarani já encontrou um novo destino para enviar parte de seus estoques: a Colômbia. O anúncio foi feito pelo Ministro da Indústria e Comércio, Gustavo Leite, após uma reunião com o presidente, Horacio Cartes, na semana que passou.

O otimismo de que este pode ser um novo caminho para as exportações paraguaias é maior do que o volume exportado:

"Foram negociadas 10 mil toneladas, num resultado direto da abertura do mercado que este governo fez, e a negociação pessoal com o ministro da Agricultura da Colômbia. Os embarques devem ocorrer nas próximas semanas", resumiu Leite para o jornal paraguaio La Nación.

Por sua parte, o presidente da Associação dos Produtores de Arroz da Bacia do Baixo Rio Tebicuary, Ignacio Heisecke, comemorou a celebração do contrato com a Colômbia e disse que o envio de 10 mil toneladas do produto terá lugar no dia 15 de fevereiro.

“No ano passado, a abertura de quatro novos mercados para o arroz paraguaio (Chile, Costa Rica, Cuba e Panamá) foi alcançado e há esforços com vista a possibilitar mais destinos no curto e médio prazo”, disse Heisecke. "Este novo mercado foi aberto num trabalho conjunto com a Câmara Paraguaia das Indústrias de Arroz (Caparroz), em colaboração com o Ministério da Indústria e Comércio e da Embaixada da Colômbia no Paraguai", acrescentou.

Ele destacou que pela competitividade em preço, o arroz paraguaio continua a ser um dos produtos mais desejados internacionalmente. E acrescentou que a partir desta primeira exportação, a produção interna pode ganhar a confiança dos parceiros comerciais e fidelizar seus clientes.

Nesse sentido, os mercados como Equador, El Salvador, Nicarágua, Egito, Guatemala, Irã, México, Peru, Catar e Venezuela também estão sendo alvo de ações das entidades setoriais e do governo do vizinho país.

Paraguai exportou um total de 340 mil toneladas de arroz no ano passado, mas produziu 850 mil. A expectativa é de que no dia 28 de fevereiro, quando vira o ano comercial, o país ainda esteja com perto de 400 mil toneladas armazenadas. Em 2016, a expectativa é para uma demanda mais forte do Brasil, que está colhendo quase um milhão de toneladas a menos do que na temporada passada.
 

7 Comentários

  • Um amigo meu foi plantar no Paraguai e me disse que lá tá todo mundo quebrado, que foi a pior coisa que ele fez na vida. É um horror produzir num país desorganizado e corrupto como Paraguai. Inclusive a indústria de lá também tá muito mal. Acreditem e paraíso e papai nível quem for ingênuo.

  • Sr. adriano seguramente tú amigo fuiste uno dos muchos brasileñosque vinieron buscar trabajar sin tener estructura para plantar y comercializar su cocecha. paraguay da oportunidad a quién quer trabajar. Pero para poder dicer sobre corruptos tenes que mirar tu proprio país que é noticia na midia mundial .acá hay desorganizacion é verdad pero no tenes comodicer por paraguay

  • Paraguay deveria agradecer aos produtores brasileiros que sustentam o IRGA e desenvolveram a variedade 424 uma das cultivadas no Paraguay sem pagarem royalties a nós e ainda mandam arroz para cá de volta, que criem suas variedades e exportem para outros lados, devemos passar tecnologia a quem nos ajuda e não a nossos concorrentes

  • Caro Diego é o que eles fazem de melhor realmente, contrabandear de um lado para o outro sem respeitar direitos e impostos alfândegarios. Por isso são ao lado da Bolívia a economia mais pobre da América do Sul

  • Srs. Diego e Adriano

    O problema do Paraguay exportar para Brasil sua producao de arroz eh o GOVERNO BRASILEIRO que nao cria barreira alfandegaria – tarifa de importacao – devido a ser alimento e constituinte da cesta basica. Nem preciso comentar que nos brasileiros trabalhadores sustentamos varias familias pelos programas sociais, onde o arroz esta incluido.

    Para vcs estarem falando isso do Paraguay, tenho certeza que voces nao conhecem o Pais, soh conhecem Ciudad del Este e possivelmente pela MIDIA da GLOBO.

    Em questao de mercado, ele eh aberto. vende onde se pode. Assim como Paraguay importa N alimentos processados e fabricados no Brasil, gerando empregos e renda no Brasil, ele vende seu arroz onde tem mercado.

    Quanto ao seu amigo que foi plantar no Py e quebrou, lamento, tenho a dizer que foi mau administracao. Durante 3 anos eles venderam arroz com margem de GANHO de 50 ate 100 dolares por tonelada do CASCA, dependedo da sua produtividade e custo de producao. Se a pessoa nao sobrevive com um ganho medio de 480 dolares/ha/ano, realmente, nao tenho outra justificativa para isso.

    Quanto a corrupcao, tem sim, como em todo lugar. Olha nosso pais cara, sempre na cola da lista de retorno de impostos. No Py se paga relativamente pouco impostos e se tem um retorno relativamente baixo. Enquanto no Brasil se paga excessivamente impostos e retorno eh baixissimo.

  • Caro Jader Bastiani, e o uso de agrotóxicos também é liberado não é mesmo? usam o que bem entendem, sem controle fitossanitário, produtos livremente importados da China, país do descalabro ambiental, que não dá a mínima para a poluição de seus aquíferos e águas superficiais, então que dirá de produtos para lavoura lá fabricados e exportados. Fica a pergunta: o arroz Paraguaio é saudável para a população Brasileira consumir ? haja visto a falta de controle sanitário por parte do governo do Brasil ???

  • Carlos, esse é outro tema que nao estava na pauta. O sistema fitossanitario do Paraguay é deficiente e permite uso de genéricos. As empresas como BASF, Bayer, Syngenta e outras que sabemos que sao idóneas estao presentes e oferecem seus produtos com as mesmas recomendacoes do Brasil. Existe preocupacao ambiental sim porque a populacao cobra isso dos produtores. Quanto a qualidade para consumo pode ser feito analise de residuos e assim averiguar se esta dentro dos padroes.

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