Paraguai repetirá área, mas aumentará produção

Em 165 mil hectares, país vizinho espera produzir 1,3 toneladas a mais de arroz por hectare.

O Paraguai encerrou o plantio da safra de arroz 2019/20 mantendo a mesma área de 165 mil hectares, segundo as entidades setoriais do país guaraní, mas com expectativa de que a produtividade cresça até 20%. No início de novembro o Ministerio del Ambiente y Desarrollo Sostenible (Mades) levantou a restrição à retirada de água por bombeamento do rio Tebicuary, para irrigação das lavouras, uma zona onde se concentra quase 50% da área plantada do país vizinho.

“Nesta campanha o cultivo deve manter a mesma área, mas esperamos um rendimento maior devido a uma maior profissionalização do manejo”, disse o presidente da Associação de Produtores de Arroz da Bacia do Baixo Rio Tebicuary, Ignácio Heisecke ao jornal Última Hora. Desta maneira, a expectativa é de que a produtividade média paraguaia suba de 6,2 para 7,5 toneladas por hectare.

No primeiro semestre de 2019, o Paraguai exportou 381.093 toneladas de arroz, volume igual ao do mesmo período em 2018, tendo o Brasil como principal destino.

5 Comentários

  • Exportações Paraguaias = 12 dias de consumo brasileiro!!! Usam muito a produção de lá para assustar e intimidar os produtores brasileiros! Podem produzir 20, 30 ou 50% mais que não fazem nem cócegas no nosso consumo… Em época de escassez de arroz falam em aumento de arroz no centro-oeste, paraguai, argentina, etc… Pura especulação… O produtor de arroz está reduzindo e vai reduzir mais ainda porque se deu conta de que tem que fazer isso! Que tem que plantar soja, criar boi, ovelha, etc… Que tem que abandonar a monocultura.

  • É uma piada mesmo mencionar o Paraguai para ameaçar o preço interno, mesmo pq com dólar valorizado eles vão ter q procurar outros mercado mais vantajoso. A tendência do dólar continua em alta podendo em breve atingir os R$5,00. Se fosse na mesma situação da época da Dilma ele estaria hoje em torno de R$7,50, sem exageros.sds.

  • Importante destacar que sempre quando se fala de estoque, comparam a 5, 10, 30 dias de consumo no Brasil. Não é esta a conta a ser feita. O arroz do Paraguai ou de qualquer outro que esteja em pauta, é diluído, ou seja, todo o restante do arroz é deixado de lado e só este abastece o consumo. NADA DISSO. O arroz em estoque nas industrias, nas propriedades, em toda a cadeia, ainda esta sendo beneficiado e distribuído. Acontece que ‘aqueles que querem se enganar’, acham que ele não atrapalha, mais faz um estrago inimaginável para os que pouco entendem da cadeia. O arroz do paraguaí, abastece SP, MG e RJ, e principalmente nestes 3 locais, onde temos quase 70 milhões de habitantes, as grandes industrias, compra arroz importado, com ICMS DIFERENCIADO, e fazem a venda aos clientes locais. Como lá o arroz é cesta básica e o varejista na revenda não repassa o ICMS, o preço que já chega barato, vai pra gondola MAIS BARATO AINDA. Com isso, as grandes empresas que vendem lá, ficam disputando e brigando entre si para tentar subir os preços e acompanhar a escalada da matéria prima, mais não conseguem. Então, sei das dificuldades, sei que é preciso que os preços do arroz em casca subam, pois todas as despesas são exorbitantes, mais existe uma logica que é a da demanda … Com preços caros não se vende a marca principal da industria. Os pacotes a quase 20 reais na gondola sempre vão existir, mais o que que vende são os OUTROS 80% que custam entre R$ 10,00 e R$ 13,00. Para tudo existe lógica e apenas os bons entendedores, sabem o que estou dizendo. Arroz no mercado internacional é 11 a máximo 12 dólares. Façam as contas e não sonhem. Dólar hoje a R$ 4,097. Já chegou no limite. De agora em diante, não se come arroz, Praia, sol, calor é época de outros produtos.

  • Quando a industria aparece aqui é porque os preços vão disparar para cima. O dolar está 4,14 hoje… Risco da Argentina ter default é grande o que fará o dólar aqui disparar… 4,50 para cima… Arroz paraguaio não interfere no nosso mercado. O que interfere ainda é o excesso de produção nacional via CPRs… Em termos de arroz e carne no final desse ano o mercado não vai parar. Motivo: escassez… o Sr. vai ter q pagar 50 muito em breve se quiser ter arroz prá descascar!!! O Mercosul vai implodir… Tem que acabar esse bloquinho!

  • Conheço muito bem a realidade do mercado de arroz. O arroz paraguaio pouco interfere no mercado brasileiro, mas tumultua, puchando os preços para baixo.
    O maior problema no mercado arrozeiro com certeza são as cpr.
    Muitos produtores estão dependentes da indústria, que produz indiretamente o arroz, financiando produtores com cpr. No momento do acerto de contas, industria com produtores, o preço do arroz cai. Essa queda se mantém, e até mesmo os produtores que são independentes de indústrias, acabam vendendo arroz barato, para acompanhar o mercado.
    Resumindo…. As indústrias exploram os produtores.
    Mas o mundo da voltas, essas mesmas indústrias devido ao recesso de oferta de arroz, são exploradas pelos varejistas na hora de vender seu produto, disputam lugar nas gôndolas dos grandes supermercados, entregando o arroz quase de graça
    O produtor é explorado pela indústria, a indústria é explorada pelo varejo.
    A indústria não quebra porque explora os produtores, e os produtores não saem da atividade porque a indústria mantém.

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