Parceria renovada
Irga e Basf retomam convênio de cooperação técnico-científica para desenvolver projetos de pesquisa em orizicultura
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O convênio foi formalizado no dia 18 de setembro pelo presidente do Irga, Cláudio Pereira, e pelo diretor de vendas sul da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf, Clairton Silva. “Estamos retomando uma cooperação antiga entre uma empresa de grande relevância no mundo do agronegócio e o mais importante instituto de pesquisa em arroz do Brasil e América Latina”, destaca Cláudio Pereira.
De acordo com Clairton Silva, o trabalho em conjunto visa desenvolver novas tecnologias, produtos e variedades, que garantirão aos agricultores a sustentabilidade da orizicultura em médio e longo prazo. “Mas para que isto ocorra é fundamental o uso de sementes certificadas e produtos recomendados e registrados para a cultura do arroz, o que assegurará a origem e a qualidade do produto final aos consumidores”, garante.
Ele ressalta que a parceria anterior entre a Basf e o Irga resultou no desenvolvimento do sistema de produção clearfield, que combina o uso de variedades com resistência aos herbicidas Only e Kifix, fabricados pela empresa. A pesquisa teve início em 1996 e a variedade foi lançada em 2003 com a finalidade de combater o arroz vermelho, que atinge cerca de 70% da área de arroz no estado. “O arroz vermelho é uma das principais plantas daninhas infestante das lavouras de arroz irrigado e a que mais limita o potencial produtivo da cultura”, observa Clairton Silva.
Sobre a retomada da parceria, Cláudio Pereira acrescenta: “Trata-se de um acordo genérico, de intercâmbio técnico e de desenvolvimento de tecnologia, que é uma característica da Basf. O Irga tem um banco genético muito grande e variedades muito adaptadas à nossa região. A Basf, por outro lado, não tem banco genérico nem desenvolve melhoramento genético. Entretanto, ela estabelece parcerias com outras empresas do mundo que trazem tecnologia embarcada. É o caso da tecnologia clearfield (CL), resultado de parceria entre a Basf e a Universidade da Louisiana (EUA). Existem etapas no caminho do desenvolvimento de uma tecnologia que custam milhões de reais, um custo que o Irga não tem condições de bancar, mas que a Basf tem. Deste modo, há uma relação de troca, sempre tentando conciliar os dois interesses: o do Irga, que é público, e o da Basf, que é privado”, afirma.