Pesquisa busca sustentabilidade na orizicultura irrigada

Com início previsto para a safra 2009/10, o projeto irá oferecer informações sobre a tecnologia de manejo e de como melhorar a relação de custo e benefício dos produtores com pequenas, médias e grandes propriedades.

Com o objetivo de inserir nas áreas de produção de arroz do Rio Grande do Sul tecnologias eficazes e seguras, que utilizem de maneira regrada e consciente produtos agrotóxicos, pesquisadores da Embrapa Clima Temperado aprovaram um projeto de pesquisa focado na manutenção dos atuais índices de produtividade, porém buscando a redução e também a substituição do uso de insumos químicos com base na sustentabilidade e na competitividade dos sistemas de produção de grãos dentro deste agroecossistema.

De acordo com os coordenadores de transferência de tecnologias do Projeto, intitulado “Estratégias para a transferência de tecnologias visando a sustentabilidade de sistemas de produção de grãos em áreas orizícolas no RS”, pesquisadores José Alberto Petrini e José Francisco Martins, o Rio Grande do Sul, que representa apenas 37% da área orizícola brasileira, é responsável por mais de 60% da produção nacional. Este fato se deve a uma seqüência de safras favorecidas pelas condições ambientais e da pertinência de tecnologias disponíveis adotadas pelo orizicultor.

Em contrapartida, diagnósticos apontam o Estado como portador de um alto índice de uso incorreto de agrotóxicos, podendo restringir a rentabilidade e a sustentabilidade do sistema produtivo e ainda pode comprometer a qualidade do produto.

Com início previsto para a safra 2009/10, o projeto irá oferecer informações sobre a tecnologia de manejo e de como melhorar a relação de custo e benefício dos produtores com pequenas, médias e grandes propriedades. Para Petrini, a redução do uso de agrotóxicos trará reflexos à área ambiental, no que diz respeito à preservação do solo e a qualidade da planta produzida, como também na área econômica reduzindo gastos com agroquímicos.

O desafio futuro estará em conscientizar os produtores a aplicarem adequadamente as tecnologias de manejo demonstradas. Por meio de parcerias regionais a Embrapa Clima Temperado irá efetuar ações de transferência que incluem treinamentos, dias de campo, palestras, reportagens, publicações e outras ações dirigidas dentro de Unidades Demonstrativas e de Unidades de Observação, instaladas nas seis regiões orizícolas do Rio Grande do Sul, durante duas safras agrícolas.

Como exemplo do projeto Marca, a pesquisa pretende seguir os mesmos passos para a transferência e solidificar parcerias que levem a atingir a meta de pelo menos 25% de propriedades, em dois anos, validando e transferindo tecnologias que contribuam para a melhoria da qualidade de vida no meio rural e a produção de um arroz de melhor qualidade.

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