Pesquisadora da Empaer realiza o plantio de arroz em Sinop com inovação tecnológica
A bactéria evita o uso de adubo nitrogenado e a contaminação do meio ambiente por nitrato, que polui as águas dos rios.
A doutora em fertilidade do solo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Maria Luiza Perez Villar, começa nesta terça-feira (13.12), no campo experimental da Empresa, no município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), o plantio de arroz de terras altas com a bactéria Azospirillum, que fixa o nitrogênio do ar e repassa para a planta. O projeto de desenvolvimento de tecnologia para a cadeia produtiva do arroz iniciado em 2010 terá resultados com a bactéria em abril de 2012, quando ocorrerá a colheita.
A bactéria evita o uso de adubo nitrogenado e a contaminação do meio ambiente por nitrato, que polui as águas dos rios. A bactéria Azospirillum para a cultura do arroz, segundo Maria Luiza, trará economia no custo de produção e ganho ambiental. A bactéria penetra na raiz da planta, associa-se com várias gramíneas tais como, milho, trigo, sorgo e outras, multiplica bem quando A fonte de Nitrogênio é o carbono, produz fitohormônios que alteram o metabolismo da planta, aumentando a absorção de água e mineral. Isso ocorre em todos os tipos de solo e clima e o uso da bactéria (inoculante) reduz até 50% o uso de fertilizantes.
O Projeto de pesquisa está trabalhando na qualidade do arroz produzido e que atendam as normas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a produção de grãos tipo 1, considerado o melhor arroz para mesa. Novas variedades mais produtivas estão sendo desenvolvidas com material genético resistente à praga, doença e baixa fertilidade do solo. Conforme Villar, o projeto já apresenta bons resultados com a difusão de novas cultivares de arroz, melhoria na qualidade dos grãos, produtividade e redução no custo de produção
O trabalho de pesquisa é financiado pela Fapemat (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades, instituições de pesquisas, organizações e empresas ligadas a cadeia produtiva do arroz. “Uma das inovações no plantio de arroz de terras altas é o teste que está sendo realizado com a bactéria Azospirillum”, destaca Maria Luiza.