Plantio do arroz quase concluído no RS

 Plantio do arroz quase concluído no RS

Produção gaúcha deve ter produtividade mais baixa em 2020/21

(Por Planeta Arroz, com informações da Emater/RS) O plantio está praticamente concluído, e 8% das áreas encontram-se em floração, favorecidas pela luminosidade. Produtores manejam as lavouras, que apresentam bom desenvolvimento, segundo a Emater/RS, em seu relatório semanal. No Irga a informação é de que uma área de aproximadamente 2% ainda falta ser semeada, em especial na Região Central e na Planície Costeira Externa. Apenas 1% das lavouras estão em enchimento de grão e o clima tem sido favorável ao arroz, embora sejam sentidos problemas em regiões como São Borja, onde as barragens já não terão água até o final do ciclo, a menos que chova, e nas regiões em que as lavouras recebem irrigação diretamente de arroios e sangas que estão “cortados” por falta de vazão. A esperança está concentrada numa previsão de chuvas mais intensas e frequentes em janeiro.

A Regional da Emater/RS de Bagé informa que o plantio foi encerrado na Fronteira Oeste. As chuvas ocorridas no período serviram para auxiliar na manutenção da lâmina d’agua nas lavouras irrigadas e para repor parcialmente reservatórios onde os volumes foram maiores, a exceção da região missioneira. Com os dias ensolarados no restante da semana, a cultura apresenta excelente desenvolvimento vegetativo nas áreas que têm água, favorecido pela luminosidade. Em Alegrete, rizicultores já realizaram a segunda cobertura com adubações nitrogenadas.

Na Campanha, o período foi marcado por umidade, dias nublados e chuviscos, desfavoráveis para as lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo e que necessitam alta disponibilidade de radiação solar. Contudo, o clima foi excelente para produtores iniciarem a irrigação, facilitando a saturação dos solos e permitindo a economia de água dos reservatórios. Apenas as lavouras implantadas no final de novembro ainda não foram irrigadas, devendo recebê-la no início de janeiro.

Na Regional de Pelotas, a semeadura foi concluída, e 100% da cultura está na fase vegetativa. Os reservatórios estão em plena capacidade de armazenamento de água, proporcionando tranquilidade para o manejo do arroz. Lavouras apresentam bom estande de plantas, bom desenvolvimento vegetativo, e não há relato de problemas fitossanitários. O clima quente e seco acelerou o desenvolvimento. Na Região de Soledade, continua o manejo da lâmina de água; o nível dos rios e reservatórios segue reduzindo, e orizicultores já racionam o uso da água. Em realização, o controle de plantas invasoras e a aplicação de adubos nitrogenados em cobertura. As áreas plantadas estão todas em desenvolvimento vegetativo.

Já na Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 96% das lavouras estão semeadas, todas em germinação e desenvolvimento vegetativo. Nas que resta plantar é realizado o controle mecânico de invasoras, como capim arroz, arroz vermelho e o arroz guacho. A estiagem preocupa principalmente arrozeiros que usam água de arroios, sangas e rios, cujos níveis estão muito baixos.

Na região de Porto Alegre, que compreende parte das planícies, Litoral Norte e parte do Centro, seguem o plantio e o manejo inicial de condução da lavoura, com irrigação, controle de ervas daninhas e adubação em cobertura. Das áreas plantadas, 1%
encontra-se em enchimento de grãos e 3% em floração. Cultura com desenvolvimento normal. A falta de chuvas aliada aos ventos constantes preocupa produtores, requerendo especial cuidado com o manejo da água. O estado fitossanitário é bom.

De maneira geral, o custo de insumos e a queda das cotações preocupam os produtores, pois afetam em muito a rentabilidade da atividade.

Comercialização (saca de 50 quilos)

Segundo o levantamento semanal realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço médio do arroz reduziu 0,26%, passando de R$ 61,90 para R$ 61,74/sc.

Com falta de pessoal, os núcleos do Irga não estão repassando dados de acompanhamento de safra para a sede, e por isso o instituto não está divulgando seus levantamentos semanais. A expectativa está mantida em uma semeadura próxima de 950 mil hectares, mas projeta-se uma produtividade mais baixa que o recorde da última temporada por causa da alta de até 100% em alguns insumos, características de uma lavoura mais suja e a expectativa de falta de água para irrigação em algumas regiões pontuais.

 

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